
Arqueólogos encontram pirâmide de 5 mil anos escondida no Peru
Durante uma escavação no sítio de Chupacigarro, no Peru, arqueólogos descobriram uma pirâmide construída por uma das civilizações mais antigas da América do Sul.
Chupacigarro é parte da Zona Arqueológica de Caral, no Vale de Supe, a 182 quilômetros de Lima. A civilização de Caral, que habitou a região a partir de 3.500 a.C, é o centro urbano mais antigo das Américas.
De acordo com arqueólogos, o modelo urbano de Caral, incluindo as pirâmides, serviram de inspiração para as civilizações pré-colombianas que floresceram na América do Sul, sobretudo nos Andes.
O local onde os arqueólogos encontraram a pirâmide era parte de uma grande rede de assentamentos antigos da América do Sul andina, sendo um ponto crucial de uma rota de comunicação no antigo Peru.
Aliás, em escavações anteriores no sítio de Chupacigarro, arqueólogos identificaram estruturas cerimoniais e públicas, pertencentes à antiga civilização.
No último dia 30, o governo do Peru publicou um comunicado relatando as escavações recentes, quando os arqueólogos encontraram a pirâmide de Caral.
No sítio, arqueólogos descobriram uma pirâmide escondida sob árvores do tipo huarango, espécie nativa da América do Sul, no “Setor F” de Chupacigarro.
De acordo com Ruth Shady, que liderou as escavações, os arqueólogos identificaram a estrutura da pirâmide após realizar a limpeza da vegetação, descobrindo a formação de plataformas de pedra.
Essas pedras são “huancas”, que ficam na lateral da estrutura e na escadaria central que leva ao topo da pirâmide. Segundo os arqueólogos, as “huancas” da pirâmide são uma das características arquitetônicas mais marcantes da civilização Caral, que se expandiu por todo o Peru.
Veja:
“Análises na estrutura recém-descoberta auxiliarão a equipe de arqueólogos da Zona Arqueológica da Caral a compreender o contexto urbano do assentamento de Chupacigarro. Além disso, as descobertas serão úteis para preservação e desenvolvimento do sítio arqueológico, permitindo sua abertura para visitação”, diz a nota do governo do Peru.