Ciência

Ártico perdeu um estado do Amazonas inteiro de gelo marinho em 2024

Segundo as agências, 2024 ocupa a sétima posição no Top 10 dos anos de maior perda de gelo no Oceano Ártico.
Imagem: NASA/Reprodução

A NASA afirmou que o gelo marinho do Oceano Ártico registrou um declínio histórico na cobertura glacial, chegando a perder 1,94 milhões de quilômetros quadrados em relação à média dos anos de 1981 a 2010. Isso representa uma área maior do que o estado do Amazonas. E a agência espacial ressalta que o gelo continua a diminuir.

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A extensão mínima do gelo marinho – que determina as áreas cobertas por gelo –, foi medida pela NASA no último dia 11 de setembro. A data é próxima do fim do verão no hemisfério norte. Neste ano, as medições apontavam uma extensão do gelo marinho de 4,28 milhões de quilômetros quadrados. Por outro lado, a média para o fim de verão entre os anos de 1981 a 2010 foi de 6,22 milhões de quilômetros quadrados.

De acordo com pesquisadores da NASA e do NSIDC, o centro de informação de pesquisa polar e criosfera dos EUA, o declínio é uma tendência de décadas, que encolhe e afina a camada de gelo do Oceano Ártico. Assista:

2024 foi o sétimo pior ano para o gelo do Oceano Ártico

Segundo as agências, 2024 ocupa a sétima posição no Top 10 dos anos de maior perda de gelo no Oceano Ártico.

Até agora, o recorde mínimo alcançado foi em 2012, quando a extensão do gelo marinho reduziu a 3,39 milhões de km. Isso ocorre, no entanto, devido às diretrizes da NASA para monitorar a perda de extensão de gelo do Oceano Ártico. A agência define a extensão de gelo marinho como a área total do oceano com, pelo menos, 15% de concentração de gelo.

Vale lembrar que os cientistas passaram a observar a extensão do gelo do Oceano Ártico quando a NASA lançou o satélite Nimbus-7, em parceria com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, em 1978.

Em 1980, a espessura do gelo era de 2,7 metros. No entanto, durante esses 46 anos de observações por satélites, incluindo os ICESat e ICESat-2, nos anos 2000, destacam a tendência de derretimento de gelo.

De acordo com a NASA, as observações constataram que o gelo mais espeço e antigo do Oceano Ártico já não existe mais.

Além disso, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) divulgou, recentemente, um estudo que mostra a redução da espessura do gelo na parte central do Oceano Ártico.

Após um período de redução na perda de gelo entre 2003 até 2007, os últimos 18 anos são, curiosamente, os 18 anos com maior perda de gelo no Ártico desde as observações de satélites.

Além disso, a tendência geral de queda na extensão mínima de gelo, entre 1979 a 2024, é de 12,4% por década em relação à média de 1981 a 2010. Veja como 2024 chegou a extensão mínima:

 

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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