Comer a batata do McDonald’s não vai curar sua calvície
Repercutiu nesta semana um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Nacional de Yokohama, no Japão, que descobriram um possível novo tratamento para a calvície. A pesquisa, publicada na revista Biomaterials, destaca que o dimetil polissiloxano – também conhecido como óleo de silicone – foi capaz de promover o crescimento em massa de pelos nas costas e na cabeça de ratos.
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O artigo destaca como os cientistas desenvolveram um recipiente capaz desenvolver milhares de folículos capilares adequados para o transplante. Até agora, não existe uma maneira eficiente para se produzir folículos capilares em laboratório e, portanto, os tratamentos de calvície geralmente retiram o cabelo de uma parte da cabeça e coloca em outra. O grande avanço é que com a utilização desse material, o oxigênio chega nas células com mais facilidade.
Acontece que o tal dimetil polissiloxano também é utilizado em pequena quantidade no óleo onde as batatas do McDonald’s são fritas. Veículos internacionais como o DailyMail relacionaram as duas coisas e parte da imprensa brasileira também seguiu a onda – apesar do pessoal daqui ter sido mais cauteloso, muitas manchetes podem levar a crer que as batatinhas são a cura para a calvície.
Então, a real é que comer batata frita do McDonald’s não vai ajudar com o seu problema de queda de cabelo. A única relação entre as duas coisas é o silicone, e ele não é um “ingrediente” para a “cura” da calvície.
O pessoal do Japan Times procurou o autor da pesquisa e ele confirmou que uma coisa não tem a ver com a outra:
Junji Fukuda disse que ficou confuso com a interpretação dos leitores sobre sua pesquisa.
“Eu vi comentários online que questionavam: ” Quantas batatas fritas eu preciso comer para o meu cabelo crescer?”, disse. “Eu me sentiria mal se as pessoas achassem que comer alguma coisa faria isso por elas!”
Mas mesmo assim, há esperança.
Imagem do topo: Yusuke Kawasaki/Flickr