Se o dinheiro ainda não pode comprar tudo, ele está ao menos tentando. Na verdade, seus donos estão. De acordo com a Mother Jones, ao menos quatro bilionários da tecnologia já demonstraram interesse na busca pela imortalidade por meio da criogenia.
São eles: Sam Altman, ex-CEO da OpenAI; Jeff Bezos, da Amazon; Larry Ellison, da Oracle e Peter Thiel, da PayPal.Segundo o veículo, eles estão investindo centenas de milhões de dólares em startups e pesquisas baseadas na ideia da criogenia.
Ela consiste em congelar o corpo – ou apenas a cabeça – de uma pessoa após a morte, na espera de que a ciência evolua e, futuramente, exista a possibilidade de ressurreição.
Como é feito
Embora a criogenia seja mais antiga e tenha outros propósitos que não apenas possibilitar a vida após a morte, essa ideia ganhou destaque pela primeira vez na metade dos anos 1960. Foi neste período que Robert Ettinger publicou o livro “The Prospect of Immortality”.
Em geral, o processo consiste em conservar o corpo em temperaturas baixíssimas. Para isso, o cadáver é transportado em gelo para a empresa contratada. Então, todo o sangue é drenado e substâncias conservantes são injetadas no organismo.
Por fim, o corpo é guardado de cabeça para baixo em um tanque com nitrogênio líquido. Lá, a temperatura cai aos poucos, para evitar que as células se danifiquem, com objetivo de chegar a -196 ºC.
Dessa forma, uma pessoa morta – ou apenas sua cabeça – pode ser conservada por tempo indeterminado. Atualmente, ao menos três empresas realizam o procedimento de criogenia: a Alcor Life Extension Foundation, a Cryonics Institute, ambas nos Estados Unidos, e a KrioRus, na Rússia.
De acordo com o que disse à Mother Jones o co-CEO da Alcor, James Arrowood, algumas das pessoas mais ricas e importantes da indústria da tecnologia estão em contato com sua empresa.
Mas funciona?
Não há qualquer comprovação de que a criogenia leva à imortalidade. Nem mesmo os bilionários que investiram seus dinheiros em pesquisa na área sabem o futuro desta técnica – mas querem investigar as possibilidades.
“Eu não espero, necessariamente, que funcione, mas acredito que é o tipo de coisa que nós deveríamos tentar fazer”, afirmou Peter Thiel à CNN.
Além dos bilionários, outras pessoas também acreditam e investem no procedimento. De acordo com reportagem da revista Smithsonian, há ao menos 199 corpos preservados por criogenia na Alcor.