Um estudo da Fundação Mozilla aponta que as recomendações dos usuários no YouTube não mudam muito quando alguém clica em “não gostei” ou “não tenho interesse”.
Na grande maioria dos casos, a plataforma de vídeos do Google sugeriu vídeos parecidos com os rejeitados pelos usuários via ferramentas de feedback ou mudanças nas configurações.
Segundo o levantamento, clicar em “não tenho interesse” ou “não gosto” só impediu 11% e 12% dos vídeos sugeridos, respectivamente. Outros métodos, como “não recomendar canal” e “remover o histórico” tiveram mais eficácia: cortaram 43% e 29% das recomendações ruins, na ordem.
No geral, o levantamento classificou a capacidade do YouTube em afastar recomendações ruins fora dos feeds dos usuários como “insatisfatório”.
A pesquisa reuniu mais de 22,7 mil participantes e analisou quase 570 milhões de vídeos da plataforma através da extensão RegretReporter, do Mozilla. O mecanismo permite que usuários relatem vídeos nocivos e controlem melhor as recomendações.
O que dizem os usuários
A pesquisa também conversou com 2.757 usuários para mapear o comportamento no YouTube. Segundo o relatório, 78,3% dos participantes usaram os próprios botões de feedback, mudaram as configurações ou evitaram vídeos para “ensinar” o algoritmo a sugerir coisas melhores.
Entre as pessoas que fizeram isso, 39,3% disseram que as medidas não funcionaram. O Mozilla concluiu que mesmo as ferramentas mais eficazes do YouTube para barrar conteúdos nocivos não foram suficientes para alterar o feed dos usuários.