Ciência

Brasil atinge 41,8° C em pleno inverno; veja outros recordes pelo mundo

Mudanças climáticas e El Niño influenciam temperaturas e calor por todo o mundo; extremos estão se tornando “o novo normal”, segundo OMM
Imagem: Pedro Amorim/ Unsplash/ Reprodução

Que o Brasil é um país quente, todos sabem. Mas os recentes eventos têm levado as temperaturas ao extremo. Em agosto, o calor registrado em Cuiabá foi de 41,8°C, um recorde para um mês de inverno no país.

O período anterior também havia quebrado recordes: julho foi o mês mais quente já registrado, com uma temperatura média de  23°C. Segundo climatologistas, as mudanças climáticas e a chegada do fenômeno El Niño são as causas mais evidentes para os últimos acontecimentos.

E não é apenas o Brasil que enfrenta as ondas de calor. Recentemente, o chefe da ONU declarou que “o período do aquecimento global terminou, o período da ebulição global chegou“. 

Vários recordes relacionados ao clima foram quebrados mundo afora durante os meses julho e agosto de 2023. Veja alguns abaixo.

Ondas de calor

Julho de 2023 não foi só o mês mais quente no Brasil – o feito atingiu o mundo todo. A média de temperatura mundial foi de 16,95°C, um nível que nunca havia sido registrado.

No mesmo mês, uma onda de calor atingiu a Grécia por mais de duas semanas, com temperaturas às vezes superiores a 45°C. Dessa forma, incêndios florestais se multiplicaram.

Os gregos tiveram que realizar operações de evacuação. Foram cerca de 30 mil pessoas evacuadas na ilha de Rodes no mês. Em agosto, as ilhas de Évia e Corfu passaram pela mesma situação.

Outro país que enfrentou uma longa onda de calor foi os Estados Unidos. A cidade de Phoenix enfrentou temperaturas acima de 43,3°C por um mês, o que levou muitas pessoas a serem hospitalizadas.

Na Turquia, 15 de agosto chegou ao recorde de 49,5°C. Em Marrocos, os termômetros subiram ainda mais. A estação meteorológica da cidade de Agadir registrou uma temperatura de 50,4°C em 11 de agosto. Em Xinjiang, província chinesa, o calor chegou a 52,2°C em 16 de julho.

Incêndios florestais

Além da Grécia, a América do Norte também sofreu com incêndios florestais. A cidade de Lahaina, no Havaí, quase foi varrida do mapa e 110 pessoas morreram. Uma seca incentivou o incêndio, enquanto o Furacão Dora fortaleceu os ventos que espalharam as chamas pela pequena cidade portuária mesmo sem chegar ao Havaí.

No Canadá, 600 incêndios ainda estavam ativos e fora de controle até 17 de agosto. Outros já haviam sido contidos, mas ainda assim queimaram cerca de 1% da área do país, um perímetro maior que Portugal. A fumaça poluiu atmosfera, escurecendo os céus sobre Montreal e Nova York.

Mudanças nas águas

As temperaturas extremas esquentaram também os oceanos. Na Flórida, a água do Oceano Atlântico atingiu 38°C e no Mediterrâneo, houve um recorde de 28,7°C em julho.

Já na China, chuvas torrenciais atingiram a capital. Foi o nível mais alto de água desde o início dos registros meteorológicos em 1883, o que causou inundações que mataram 33 pessoas e deixaram outras 18 desaparecidas. Mais de 59 mil casas desabaram e outras 150 mil foram danificadas.

Além dos oceanos e das chuvas, as geleiras também sofreram com o impacto das altas temperaturas. O ponto de congelamento chegou a uma altitude recorde de 5.298 metros na Suíça.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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