Ciência

Sensação térmica de 60°C: estudo mostra até onde o corpo resiste ao calor

A ciência explica a relação entre corpo e calor e mostra quais os limites para o organismo funcionar adequadamente
Imagem: Nathan Dumlao/ Unsplash/ Reprodução

Em meio à terceira onda de calor do ano no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro atingiu a sensação térmica de 60​​°C no último domingo (17). Nessas situações, o corpo passa a funcionar fora das condições adequadas, o que levanta o alerta de cuidados com a saúde.

Um estudo da Universidade de Roehampton, na Inglaterra, comprovou que o organismo aumenta seu esforço metabólico para funcionar sob certas temperaturas. De acordo com a pesquisa, o limite de calor suportado é de até 40°C.

Depois que as temperaturas ultrapassam esse limite, o corpo gasta mais energia para manter sua temperatura central ideal. Como resultado, a pessoa pode sofrer com cãibras, exaustão por calor, insolação e hipertermia.

Além disso, extremos de temperatura também podem piorar condições crônicas. Por exemplo, doenças cardiovasculares, respiratórias, cerebrovasculares e doenças relacionadas ao diabetes.

Corpo e calor

Em geral, a temperatura ideal do organismo é entre 36°C e 37°C. Segundo estudos anteriores, essa temperatura se mantém quando o corpo está em uma zona termoneutra, ou seja, quando o ambiente está dentro de uma média de calor.

No entanto, quando a temperatura do ambiente está acima ou abaixo do padrão, o organismo precisa aumentar sua taxa metabólica para manter o estado ideal. O limite inferior, ou seja, de temperaturas frias em um ambiente é 28°C.

Abaixo disso, o corpo gasta mais energia para manter sua temperatura ideal, geralmente tremendo por meio do movimento involuntário dos músculos.

Já o limite máximo, segundo o estudo da Universidade de Roehampton, é de 40°C. Antes disso, aproximadamente 32°C, o corpo já começa a utilizar mecanismos para se resfriar, como o suor e a vasodilatação.

Contudo, acima de 40°C, o organismo humano pode perder a capacidade de se livrar do calor excessivo. Após o estudo, cientistas esperavam que as informações embasassem medidas de governos para os cuidados com a saúde da população.

Cuidados com a saúde

A pesquisa mostra a necessidade de medidas de contingência do calor extremo, além da importância do preparo de cidades para lidar com o aquecimento do planeta. 

Nessa situação de calor extremo, as pessoas devem se hidratar, buscar lugares frescos, com ventilação ou ar condicionado, além de evitar atividades físicas extenuantes durante o horário mais quente do dia.Contudo, o cuidado também deve partir dos responsáveis pela infraestrutura das cidades. Um exemplo é o que tem feito a prefeitura da capital de São Paulo. Ela espalhou tendas de refrigeração em alguns pontos da cidade, como o Giz Brasil contou aqui.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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