Brasil confirma 1º caso de Febre do Nilo Ocidental; o que já se sabe
O Brasil confirmou o primeiro caso da doença Febre do Nilo Ocidental no país. O diagnóstico foi de um adolescente de 16 anos no estado do Tocantins. O caso aconteceu em maio deste ano, mas foi relatado pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) somente na última quarta-feira (20).
Segundo a organização de saúde, o paciente apresentou sintomas de febre, cefaleia, convulsão e dor ao engolir alimentos. O adolescente recebeu alta com sequelas graves.
A Febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um mosquito, assim como Dengue, Zika, Chikungunya. Entre os principais sintomas estão febre, dor no corpo e náusea.
Até o momento, não existe vacina ou tratamento específico para a Febre do Nilo Ocidental. Por isso, o tratamento é sintomático para redução da febre e outros sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde, para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores de cabeça leves e dores musculares. Os casos mais graves, frequentemente, necessitam de hospitalização para tratamento de suporte, com reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.
Há também tratamentos específicos para pacientes com quadros de encefalites ou menigoencefelite em sua forma severa.
Como acontece a transmissão
Mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo), são os responsáveis por transmitir o vírus da Febre do Nilo Ocidental. Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos.
Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais. Isso porque a contaminação do vírus se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.
Além disso, outras formas mais raras de infecção já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária.
Estudos em laboratório demonstraram que a transmissão por contato direto é possível para algumas espécies de aves. Porém, não há transmissão de pessoa para pessoa.