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Brave, o navegador seguro focado em privacidade, anuncia mecanismo próprio de busca

Embora não tenha revelado muitos detalhes, empresa criadora do browser diz que as pesquisas não enviarão dados dos usuários a anunciantes.

Imagem: Alex Cranz/Gizmodo

Poucos meses depois de lançar o que podemos chamar de primeiro leitor de notícias focado em privacidade, agora o time por trás do navegador Brave está tentando criar um mecanismo próprio de busca para integrar o browser. A novidade também chega pouco mais de um mês após a empresa atualizar a ferramenta para o protocolo IPFS de navegação descentralizada.

Anunciado nesta quarta-feira (3) como Brave Search, a novidade se apresenta como uma “alternativa de preservação da privacidade”. Alternativa esta, obviamente, ao serviço de busca do Google, que por sua vez é em partes construído a partir de dados aspirados de cada pesquisa que seus usuários fazem, mesmo quando essas buscas acontecem no modo de navegação anônima.

Curiosamente, se você tentar usar a pesquisa do Google no navegador da Brave, ainda haverá todos os tipos de dados sendo coletados no lado do Google sobre o número de anúncios de pesquisa que você está vendo ou clicando. Mas lembre-se: como apontado anteriormente, isso diz respeito ao Google, e não ao Brave.

Gabriel Weinberg, CEO da DuckDuckGo, disse há algum tempo que a única maneira infalível de manter suas pesquisas privadas é usar um mecanismo pró-privacidade. A Brave, por sua vez, oferece a seus usuários mais de uma dezena de alternativas de busca para escolher como padrão, incluindo opções de preservação de privacidade, como o próprio DuckDuckGo e o Qwant, cujo slogan é literalmente “o mecanismo de pesquisa que respeita sua privacidade”.

A companhia responsável pelo Brave planeja se alinhar com esses concorrentes agora com o Brave Search. No entanto, traz alguns diferenciais, principalmente se comparado a esses rivais e a opções mais convencionais, como o Google.

Em primeiro lugar, a empresa diz que dará a seus usuários duas opções: uma para pesquisa paga sem anúncios e outra que é gratuita e suportada pela mesma rede de anúncios centrada no Brave. Esta rede, como a companhia destaca, mantém os dados do usuário o mais longe possível de anunciantes que queiram garimpar informações. E ao contrário das métricas um tanto misteriosas que o Google usa para determinar quais sites aparecem primeiro nas buscas, a equipe da Brave já apresentou uma proposta para a forma como seu mecanismo de pesquisa pode classificar os resultados em um formato mais limpo e navegável.

O buscador do Brave ainda não foi lançado oficialmente – algo que deve acontecer já nas próximas semanas. Mas quem estiver interessado pode se inscrever em uma lista de espera clicando neste link.

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