Ciência

Cada vez mais quente: mapa mostra eventos extremos no mundo em outubro

Mês de outubro de 2023 ficou registrado como o outubro mais quente no recorde climático global de 174 anos. Mapa mostra eventos climáticos mais significantes
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com ondas de calor sucessivas e eventos climáticos extremos, o mês de outubro de 2023 ficou registrado como o outubro mais quente no recorde climático global de 174 anos. Para ilustrar essa tendência de calor no mundo, a agência científica norte-americana Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) elaborou um mapa que mostra os eventos climáticos extremos que aconteceram em outubro.

O mês passado também foi o quinto mês consecutivo de temperaturas globais recordes em 2023, de acordo com cientistas dos Centros Nacionais de Informação Ambiental da NOAA.

Os dados mostram ainda que outubro foi o 47º outubro consecutivo e o 536º mês consecutivo com temperaturas globais acima da média do século XX. Os últimos 10 de outubro (2014–2023) foram todos os outubro mais quentes no registro climático global da NOAA.

Mapa elaborado por agência norte-americana. Imagem: NOAA/Reprodução

Clima quente deve continuar

Segundo um relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial), o calor extremo que vem sendo observado desde junho deve continuar até abril de 2024.

Em todo o mundo há registros de calamidades. Desde maio de 2023, a alta da temperatura da superfície do mar no Pacífico equatorial centro-leste oscilou entre cerca de 0,5 °C e 1,5 °C acima da média.

Os cientistas explicam que um efeito duplo, incluindo um episódio do El Niño excepcionalmente forte, foi responsável pelo ano mais quente de 2016. Na época, as temperaturas mais altas do ano também foram motivadas pelo impacto do aquecimento global induzido pela queima de combustíveis fósseis.

Previsões recentes ainda indicam sugerem mais de 55% de probabilidade de um El Niño “forte” (≥ 1,5°C) entre janeiro e março de 2024. Além disso, há 35% de probabilidade de o evento tornar-se “historicamente forte” (≥ 2,0°C) deste mês até janeiro.

O fortalecimento do El Niño também aumenta o risco de impacto ambiental relacionado ao fenômeno, ainda que não necessariamente forte. O evento provoca o aquecimento das águas superficiais do Pacífico Tropical. Além disso, a alteração do regime de chuvas e padrão de temperatura no Brasil e no mundo.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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