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Café expresso pode prevenir o Alzheimer? Estudo mostra que sim

Descoberta preliminar in vitro pode abrir caminho para o combate a doenças neurodegenerativas, incluindo o Alzheimer. Saiba como

Café expresso pode prevenir o Alzheimer? Estudo mostra que sim

Imagem: John Schnobrich/Unsplash/Reprodução

O café expresso, seja puro ou misturado, não serve só para te acordar com sua dose ultraconcentrada de cafeína. Testes laboratoriais preliminares in vitro da Universidade de Verona, na Itália, mostraram que os compostos do café expresso podem inibir o acúmulo da proteína tau no cérebro – processo que se acredita estar relacionado ao início da doença de Alzheimer.

Em pessoas saudáveis, as proteínas tau ajudam a estabilizar as estruturas no cérebro. Mas quando certas doenças se desenvolvem, as proteínas podem se agrupar em fibrilas. Dessa forma, elas causam sintomas do mal de Alzheimer, retardando o pensamento e as habilidades de memória, entre outras coisas.

Para fazer uma dose de café expresso, forçamos água quente através dos grãos de café finamente moídos, criando um extrato concentrado. Embora seu consumo em excesso possa ser prejudicial, a ingestão moderada de café, assim como a de cerveja, pode ter benefícios contra doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer.

Como foi feita a descoberta?

Para descobrir se a prevenção dessa agregação poderia aliviar os sintomas, a professora autora do estudo, Mariapina D’Onofrio, e seus colegas, extraíram doses de café expresso de grãos comprados em lojas. Eles escolheram a cafeína e a trigonelina, o flavonoide genisteína e a teobromina para focar os experimentos.

Em seguida, caracterizaram sua composição química usando espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Eles incubaram as moléculas e o extrato de café expresso ao lado de uma forma encurtada da proteína tau por até 40 horas.

Conforme a concentração de extrato de café expresso, cafeína ou genisteína aumentava, as fibrilas eram mais curtas e não formavam folhas maiores. Além disso, verificou-se que as fibrilas encurtadas não eram tóxicas para as células e não agiam como “sementes” para agregação. Em outros experimentos, os pesquisadores observaram que a cafeína e o extrato de café expresso poderiam ligar fibrilas de tau pré-formadas.

Mais pesquisas são necessárias, mas segundo a equipe, as descobertas preliminares in vitro podem abrir caminho para encontrar ou projetar outros compostos bioativos contra doenças neurodegenerativas, incluindo o Alzheimer.

O Journal of Agricultural and Food Chemistry, da ACS publicou o artigo. A pesquisa teve financiamento do Ministério Italiano de Universidade e Pesquisa.

Veja qual é o melhor horário para tomar café, com esta matéria do Giz Brasil.

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