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Sony A7SIII quer dominar o mercado mirrorless full frame com seus recursos de vídeo

Nova câmera Sony A7III reúne tudo de melhor que a fabricante tem; modelo grava em 4K e ainda tem uma tela para verificar enquadramento.

Câmera mirroless Sony A7SIII

Sony A7SIII. Crédito: Sony

No ano passado, a Sony ficou com a maior fatia do mercado de câmeras full frame mirrorless no Japão. A Canon e a Nikon tentam acompanhar, mas hoje a Sony parece estar prestes a acabar com a concorrência. A marca está anunciando sua mais recente câmera mirrorless de última geração: a A7SIII.

Se você não está acostumado com os termos técnicos, ela é full frame, o que significa que tem um sensor de 35 mm (a regra é que quanto maior o sensor, maior a captação de luz). O termo mirrorless vem pelo fato de a câmera não ter os espelhos e prismas das DSLR; a grande vantagem disso é a possibilidade de se criar equipamentos mais leves e compactos.

Voltando aos detalhes da câmera, admito que usar o termo “acabar” dessa maneira é um pouco exagerado e, como a câmera não estará disponível nas lojas até setembro, as coisas podem mudar até lá, né? Mas se você olhar para as especificações e os novos recursos da A7SIII, a mais recente câmera full-frame mirrorless da Sony parece uma junção de tudo que a empresa tem de última geração, principalmente com um investimento maior na parte de vídeo.

A A7SIII tem um sensor de 12 MP que a Sony diz ter sido planejado para maximizar o desempenho com pouca luz e fornecer tempo de leitura de sensor super-rápidos, o que ajuda a reduzir o efeito rolling shutter (quando, ao gravar algo em movimento, os itens ficam “tortos”, com o movimento na imagem aparecendo de forma não uniforme, como você você pode ver no vídeo abaixo).

Além disso, a Sony combinou esse sensor de 12 MP com seu novo processador de imagem Bionz XR. A empresa afirma que ele é oito vezes mais poderoso que seu chip Bionz anterior e oferece detecção de rostos e olhos ainda mais rápida, melhor reprodução de cores e suporte para velocidades de dados significativamente mais altas, tanto ao gravar em cartões de memória internos quanto ao enviar as imagens por HDMI (via porta HDMI tipo A em tamanho normal) ou Wi-Fi.

As coisas boas não param por aí, porque a A7SIII possui um novo visor eletrônico OLED de 9,44 milhões de pontos. Isso é quase o dobro da resolução de seus concorrentes mais próximos, como o OLED EVF de 5,76 milhões de pontos usado na Panasonic S1.

Como alternativa, para aqueles que preferem enquadrar fotos usando o visor traseiro de uma câmera, a A7SIII também vem com uma tela sensível ao toque totalmente articulada (outra novidade nas câmeras da série A da Sony) que pode ser girada em torno de 180 graus, para que você possa compor facilmente as fotos enquanto está na frente da câmera. Dito isto, devido à posição da porta HDMI da A7SIII, se você tiver um monitor ou gravador externo conectado, poderá ser necessário lidar com os cabos, que vão atrapalhar um pouco o monitor.

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Quanto ao armazenamento, a Sony incluiu dois novos leitores de cartão CF Express que suportam cartões SD padrão e novos cartões CF Express Tipo A. A A7SII é, inclusive, a primeira câmera projetada para tirar proveito dos novos cartões.

A Sony diz que uma vantagem imediata do novo leitor de cartão é que, quando combinado com seu processador de imagem mais veloz, o A7SIII agora possui um buffer de imagem de até 1.000 fotos, mesmo quando a câmera está fotografando a 10 fps no modo raw+jpeg.

Isso significa que os usuários que tinham câmeras mais antigas não precisarão comprar um novo conjunto de cartões para armazenamento, pelo menos por ora. No entanto, se você quiser tirar proveito dos formatos avançados de gravação da A7SIII, precisará atualizar seus acessórios em algum momento. Os cartões CF express Tipo A custam US$ 200 por um cartão de 80 GB ou US$ 400 por um cartão de 160 GB, então talvez você precise economizar um pouco antes de realizar a mudança.

E como a linha A7S é historicamente uma das principais opções de câmera para vídeo, a Sony também incluiu suporte para gravação de vídeo 4K usando a leitura de pixel completo em até 120 fps (frames por segundo) ou até 240 fps a 1080p. A A7SIII também suporta gravação cores em 10 bit 4:2:2, quatro canais de gravação de áudio, e graças às melhorias na velocidade de gravação e dissipação de calor, a A7SIII não possui mais um tempo máximo de gravação de 30 minutos.

A Sony chegou a ouvir uma das queixas mais antigas sobre suas câmeras em geral, redesenhando completamente o sistema de menus da A7SIII. A marca diz que ele agora está melhor organizado, trabalha com comandos por toque e ficou mais fácil de ver várias camadas de configurações sem precisar ir três ou quatro níveis nas opções. E, como outras câmeras da série A, a A7SIII também possui estabilização de imagem no corpo (até 5,5 pontos) e compatibilidade com a enorme linha de lentes de montagem tipo E da Sony.

No entanto, ao contrário da nova Canon EOS R5, a A7SIII não vem com suporte para gravação de vídeo 8K. Isso foi uma escolha intencional da Sony, pois a empresa queria se concentrar estritamente em criar a melhor câmera de vídeo 4K possível. É uma jogada interessante. Embora o vídeo 8K deva se tornar um recurso mais importante no futuro, considerando os fluxos de trabalho da maioria dos cinegrafistas de hoje, acho que a Sony tomou uma decisão prudente de realmente concentrar seus esforços em 4K.

A Sony A7SIII deve chegar às lojas em setembro por US$ 3.500 (apenas o corpo). Em comparação com outros concorrentes mirrorless full frame, a A7SIII custa US$ 400 a menos que a EOS R5 da Canon, e US$ 500 a menos que a S1H, da Panasonic, mas cerca de US$ 700 a mais que uma Nikon Z7.

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