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Os perigos de se usar carregadores e cabos genéricos em iPhones

Você está desesperado na rua e precisa carregar seu iPhone. A primeira opção é comprar do senhor da barraquinha, mas, no fim das contas, o dispositivo recém-adquirido pode não durar muito e ainda estragar seu telefone. Pelo menos é isso o que diz um especialista da área. Em um post no Medium, republicado pela Motherboard, […]

Adaptador e cabo Lightning para carregar o iPhone

Você está desesperado na rua e precisa carregar seu iPhone. A primeira opção é comprar do senhor da barraquinha, mas, no fim das contas, o dispositivo recém-adquirido pode não durar muito e ainda estragar seu telefone. Pelo menos é isso o que diz um especialista da área.

Em um post no Medium, republicado pela Motherboard, Matt Zieminski, que trabalha há sete anos consertando eletrônicos, explica o que acontece com carregadores e cabos baratos em dispositivos Apple. Segundo ele, a questão toda está no controle de energia.

É por isso que o carregador do iPhone custa tão caro
Carregadores falsos da Apple são ainda mais perigosos do que pensávamos

Segundo a publicação de Zieminski, o problema de carregadores não-oficiais é que eles podem queimar um chip chamado Tristar ou U2, posicionado na placa-mãe do smartphone. Ele, basicamente, gerencia a carga recebida por um dispositivo e, ao ser danificado, pode causar alguns problemas no telefone, como:

Não carregar o smartphone
Causar erros no iTunes ao conectar o aparelho no computador
Receber carga falsa (mostra que está carregando, mas não aumenta a porcentagem)
Bateria cai de um nível alto para um nível baixo
Bateria é carregada só até certo nível
Bateria é descarregada até certa porcentagem, e depois o telefone é desligado.

Um outro problema relacionado ao carregamento é o cabo. Se dentro do aparelho tem o chip Tristar que regula a energia recebida pela bateria, cabos certificados pela Apple contam com um chip controlador também chamado de E75.

De acordo com Zieminski, esse chip funciona como uma espécie de segurança — ele verifica a voltagem transmitida, faz a validação e envia a carga com uma espécie de senha. “Se o seu cabo não tem um E75, você verá uma mensagem dizendo que seu ‘acessório não é suportado’ no telefone. Sem senha, sem carregamento.”

Alguns fornecedores até conseguem fazer versões falsas desse chip E75. Ele age, na analogia de Zieminski, como um adolescente com uma identidade falsa (lembre-se que o original age como um segurança). O problema é que, nesse processo, dificilmente a tensão elétrica é regulada, e existe novamente o risco de danificar o chip Tristar.

Acessórios certificados

No fim das contas, Zieminski diz que o ideal é comprar acessórios da companhia ou MFI (Made for iPhone, iPod and iPad), pelo menos se você tiver de comprar algo relacionado ao carregamento do seu aparelho. Na embalagem, geralmente tem alguma observação dizendo “Feito para iPhone”, e existem várias marcas que produzem produtos desse tipo, como Anker, Incipio, entre outras. Aqui, a empresa disponibiliza um guia de como diferenciar produtos certificados.

Quando a Apple lançou esse programa de licenciamento de hardware em 2005, muita gente criticou, pois esse tipo certificação de acessório foi visto como uma forma de a companhia exigir que fabricantes de acessórios pagassem pelo “privilégio” de fazer acessórios para aparelhos Apple. Em sua defesa, a empresa da maçã diz que é uma forma de padronização de acessórios e para prevenir o mal funcionamento do dispositivo.

Essa tese parece fazer algum sentido para o carregador. Agora para o cabo parece precaução demais, não?

[Medium via Motherboard]

Imagem do topo: Pixabay

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