Carro autônomo do Google sofre batida mais uma vez por causa de humanos distraídos
O Google vem testando sua tecnologia de condução autônoma há seis anos, e levou recentemente uma frota de vinte veículos para as ruas de Mountain View. Pela primeira vez, um desses carros esteve envolvido em um acidente com lesão. É menos grave do que parece e, sim, a culpa foi de um humano.
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Chris Urmson, diretor do projeto no Google, explica no Medium o que aconteceu. O semáforo abriu mas havia congestionamento, então três carros – incluindo o do Google – não andaram para evitarem ficar presos no cruzamento.
No entanto, o motorista que vinha atrás aparentemente não reparou nisso, e bateu a 27 km/h:
Urmson diz: “nossa frenagem foi normal e natural, e o veículo atrás de nós tinha muita distância para frear – mas nunca desacelerou. Isso certamente sugere que o motorista estava distraído e não viu a estrada à frente”.
O carro do Google não anda desacompanhado: segundo a Associated Press, os três funcionários a bordo sofreram uma leve distensão no pescoço, passaram no hospital e foram liberados para trabalhar novamente. O motorista do outro carro reclamou de dores nas costas e no pescoço.
Este foi o acidente com lesão. O caso ocorreu em 1º de julho.
Segundo o Google, este foi o 14º acidente de sua frota autônoma. Deles, 11 foram batidas na traseira.
Urmson diz à AP que está pensando em como alertar motoristas desavisados para evitar isso: uma ideia era buzinar, mas ele não quer irritar os habitantes de Mountain View, onde fica a sede do Google.
A empresa vem testando os carros com algumas medidas de segurança: eles possuem volante removível, pedal de acelerador e pedal de freio; atingem velocidade máxima de 40 km/h; e têm para-brisa flexível e parte frontal feita de espuma, para amortecer o choque no caso de uma colisão.
Espera-se que veículos autônomos, por usarem radares e câmeras de 360 graus, sejam muito mais seguros que os pilotados por humanos. Eles ainda precisam lidar com alguns desafios para saírem dos testes e se tornarem realidade. Mas, por enquanto, estamos mais receosos com humanos distraídos do que com o carro inteligente. [ABC News/AP e Medium; h/t Diogo Costa]