CEO da Microsoft ainda acredita na compra da Activision Blizzard
Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que está confiante com a confirmação da compra da Activision Blizzard pelas agências reguladoras que investigam o acordo.
O negócio é, de longe, a maior aquisição da indústria dos games. De acordo com as informações divulgadas quando o acordo foi anunciado, a Microsoft desembolsou US$ 68 bilhões — aproximadamente R$ 370 bilhões. Caso o acordo seja aprovado, a empresa terá controle de franquias como Call of Duty, Diablo, World of Warcraft e Overwatch.
Embora Nadella diga que confia na aprovação, a Autoridade de Competição e Mercados do Reino Unido divulgou o parecer inicial sobre a aquisição na última semana. O órgão demonstrou profunda preocupação de que o acordo pudesse diminuir a concorrência na região.
O órgão pontuou que o controle de franquias populares, como Call of Duty, por exemplo, pode prejudicar empresas concorrentes do mundo dos games. O temor também é compartilhado pelos proprietários dos consoles PlayStation, que têm receio de que vários jogos de sucesso se tornem exclusivos do Xbox.
Aliás, esta é uma polêmica que está bem longe do fim. Logo após o anúncio da aquisição e manifestações sobre a possibilidade de COD se tornar exclusivo do Xbox, o CEO da plataforma, Phil Spencer, afirmou que continuaria fornecendo os jogos da franquia para o PlayStation mesmo após o fim do contrato da Sony com a Activision.
No entanto, o CEO da Sony, Jim Ryan, afirmou que a proposta apresentada por Spencer, da concorrente, era completamente inadequada. Ryan afirmou que a proposta apresentada pela Microsoft foi de manter a COD por apenas mais três anos no PlayStation após o fim do contrato. Isso aumentou os rumores de que a franquia pode se tornar exclusiva.
Atualmente, órgãos reguladores de todo o planeta analisam o acordo avaliando se há ou não risco de diminuir a concorrência no mundo dos games. Em países como o Reino Unido, parece haver um impasse. Em outras regiões, a aquisição não demorou muito para ser aprovada, como é o caso da Arábia Saudita.