Tecnologia

CEO da Nvidia aconselha jovens e não aprender programação e só usar IA

Para o chefe da Nvidia, pessoas devem focar no aprendizado de habilidades mais valiosas, deixando a programação com a IA
Imagem: Nvidia/Divulgação

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, deu um conselho controverso durante o World Government Summit, em Dubai, no último sábado (24). Para o executivo, os jovens não deviam aprender a programar para trabalhar no mercado de tecnologia, já que a inteligência artificial vai fazer isso sozinha, no futuro.

Segundo Huang, mesmo nos estágios iniciais da implementação de IA, programação não é mais uma habilidade fundamental no mercado de tecnologia. Com robôs cuidando dos códigos, os humanos “podem se concentrar em conhecimentos mais valiosos, como biologia, educação, manufatura ou agricultura”, argumentou o chefe da Nvidia.

No trecho, é possível ver Huang explicando que, por mais de 15 anos, quase todos os profissionais presentes em fóruns de tecnologia diziam ser “essencial” para jovens aprender a programar computadores.

Contudo, para o chefe da Nvidia, o ideal seria o extremo oposto. “É nosso trabalho criar tecnologias de computação que ninguém precise programar. E que a linguagem de programação seja humana. Todas as pessoas no mundo são programadores, agora. Esse é o milagre da inteligência artificial”, comentou Huang.

Chefe da Nvidia quer foco em habilidades mais “produtivas”

Após o pronunciamento, o CEO da Nvidia afirmou que seria mais útil as pessoas aprenderem habilidades de áreas mais “importantes” e “produtivas” e economizar o tempo que usariam para aprender programação.

Huang finalizou dizendo que as pessoas ainda precisam aprender como e quando aplicar as ferramentas de inteligência artificial. Dessa forma, na visão do executivo, o processamento de linguagem natural avançará até o ponto em que a única linguagem necessária para codificar será a língua nativa do usuário.

“É vital que aprimoremos as habilidades de todos, e acredito que o processo de aprimoramento será encantador e surpreendente”, concluiu o CEO da Nvidia.

Nas redes sociais, diversos usuários discordaram das afirmações de Huang. O analista da indústria de tecnologia Patrick Moorhead, por exemplo, listou diversas linguagens de programação e ferramentas que supostamente matariam a programação, mas não conseguiram.

Para Moorhead, a IA não vai acabar com a programação, mas sim colocá-la nas mãos de mais pessoas. “Assim como a editoração eletrônica não matou a “criatividade”, apenas a expandiu”, explicou.

Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Jornalista especializado em tecnologia, jogos, entretenimento e ciência. Já passou por grandes redações do Brasil (TechTudo, Tecnoblog, Terra e Olhar Digital) e trabalhou com relações públicas e assessoria de imprensa na Theogames, atendendo à Blizzard Entertainment e mais clientes do mercado de videogames. É apaixonado pela cultura geek, música e produção de conteúdo. Nas horas vagas, é aspirante a artista marcial e cozinheiro.

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