China decide banir bicicletas elétricas por serem assassinas silenciosas

Bicicletas elétricas serão banidas em Shenzhen, na China, a partir de 1° de julho, por serem silenciosas demais. Sério. De acordo com agentes de trânsito da cidade, 16% dos acidentes nas ruas foram causados pelas e-bikes, que resultaram em 233 feridos e 64 mortes. Mesmo que você nunca tenha chegado perto da China, você deve […]

Bicicletas elétricas serão banidas em Shenzhen, na China, a partir de 1° de julho, por serem silenciosas demais. Sério. De acordo com agentes de trânsito da cidade, 16% dos acidentes nas ruas foram causados pelas e-bikes, que resultaram em 233 feridos e 64 mortes.

Mesmo que você nunca tenha chegado perto da China, você deve saber que lá tem uma quantidade insana de gente. E eles têm que se locomover de algum jeito! A maioria das pessoas usa bicicletas normais (que são boas, mas não rápidas o bastante), e muitos estão passando a usar carros – o que vem criando situações inusitadas no trânsito, além de agravar o prejuízo ao meio ambiente.

As bicicletas elétricas estão no meio-termo: são mais rápidas que bicicletas, e poluem menos que carros (mas poluem). O problema é que, como elas são silenciosas demais, elas causam muitos acidentes e passaram a ser vistas pela administração da cidade como um perigo. Daí serem banidas.

Só que esta é uma medida mal-pensada do governo chinês. De acordo com o China Daily, a decisão de banir bicicletas elétricas não surgiu de qualquer consulta à população – se bem que é China, difícil esperar algo muito diferente. Sim, poderiam colocar algum dispositivo sonoro nas e-bikes, mas em Shenzhen são 500.000 pessoas com bicicletas elétricas. E um trabalhador chinês explica que uma e-bike pode custar o salário de um mês inteiro, então imagino que eles não queiram gastar ainda mais adaptando a bicicleta para ser mais segura.

Então como resolver a situação? Como diz o ex-político municipal Wu Limin, e-bikes são perigosas, mas não se pode simplesmente bani-las: “banir bicicletas elétricas deveria ser sincronizado com a melhora da rede de transporte público da cidade”. [China Daily via Wall Street Journal via New Yorker]

Foto por Onny Carr/Flickr

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