Microsoft, Twitter ou Walmart? Se depender da China, nenhum deles: ela prefere o fim do TikTok

A briga internacional entre a China e os EUA por causa do TikTok está começando a parecer um daqueles programas de paquera na TV, já que, neste momento, Microsoft, Twitter e Walmart são os pretendentes pelos ativos do aplicativo nos EUA. Aparentemente, porém, o país asiático prefere a opção d) nenhum dos anteriores. Autoridades chinesas […]
Imagem: Manjunath Kiran/Getty Images

A briga internacional entre a China e os EUA por causa do TikTok está começando a parecer um daqueles programas de paquera na TV, já que, neste momento, Microsoft, Twitter e Walmart são os pretendentes pelos ativos do aplicativo nos EUA. Aparentemente, porém, o país asiático prefere a opção d) nenhum dos anteriores.

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Autoridades chinesas supostamente acreditam que capitular às exigências do governo Trump prejudicaria a autoridade tanto da ByteDance, empresa controladora do TikTok com sede na China, quanto do governo, fazendo-os parecerem fracos. As informações são de três pessoas familiarizadas ouvidas pela Reuters na sexta-feira (11) sob condição de anonimato.

Em vez de ver a ByteDance se comprometer com uma venda forçada das operações do TikTok nos EUA para evitar as ameaças da Casa Branca, Pequim prefere que o aplicativo seja completamente encerrado, tanto nos EUA quanto em outros mercados.

Duas das fontes disseram à Reuters que as autoridades chinesas estão dispostas a adiar qualquer acordo fechado pela ByteDance usando as regras de controle de exportação recém-atualizadas do país, se necessário.

No mês passado, a China revisou sua lista de exportação de tecnologia pela primeira vez em 12 anos para exigir uma licença federal para exportar “tecnologia baseada em análise de dados para serviços de recomendação de informações personalizadas”, o que parece muito com o que o TikTok faz.

Quando questionado sobre o presidente Donald Trump e a negociação do TikTok em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (11), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acusou os EUA de coagirem fortemente as empresas estrangeiras sob o pretexto de preocupações com a segurança nacional.

Se você não está acompanhando todo esse drama, Trump e outras autoridades federais dos EUA afirmam que Pequim tem aproveitado o TikTok para espionar seus usuários no país. O popular aplicativo de vídeos curtos ostenta cerca de 500 milhões de usuários em todo o mundo e teve 46 milhões de downloads apenas nos EUA em 2019.

Até o momento, a rede negou veementemente essas alegações e disse repetidamente que todos os dados de usuários dos EUA são armazenados em servidores domésticos. Embora a empresa tenha feito movimentos para distanciar ainda mais as operações da TikTok nos Estados Unidos da ByteDance, o governo continuou com sua investida, e Trump emitiu uma ordem executiva em agosto que ameaçava proibir efetivamente o aplicativo nos EUA, a menos que a ByteDance vendesse sua propriedade.

Trump deu à empresa um prazo para entregar os ativos da TikTok nos EUA antes que a proibição entre em vigor, mas parece um pouco confuso sobre quando exatamente isso será feito. O prazo pode ser daqui a alguns dias, ou pode ser no dia 20 de setembro ou pode ser em novembro. Se o TikTok está em um programa de namoro, o governo americano parece estar em um de improviso.

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