Chineses se preparam para construir vinte arranha-céus na África. Por quê?

Uma coalizão de 100 investidores anunciou planos para construir uma “zona econômica controlada por chineses”, cheia de arranha-céus e residências de luxo. A nova cidade ficará no Quênia, leste da África, mas o objetivo é “alcançar o glamour de Dubai”. O que motiva investidores a criarem uma nova cidade enorme em um país diferente do […]

Uma coalizão de 100 investidores anunciou planos para construir uma “zona econômica controlada por chineses”, cheia de arranha-céus e residências de luxo. A nova cidade ficará no Quênia, leste da África, mas o objetivo é “alcançar o glamour de Dubai”. O que motiva investidores a criarem uma nova cidade enorme em um país diferente do seu? É muito simples, na verdade.

A China é o maior parceiro comercial da África, e frequentemente faz o seguinte negócio com os países: contribui para programas de saúde e assistência social, mas ganha o direito de explorar a infraestrutura do país. Isso leva muitas pessoas a acusar a China de praticar algo próximo ao neocolonialismo.

No ano passado, autoridades do Quênia assinaram um acordo de US$ 5 bilhões que permitirá à China construir estradas, ferrovias e mais infraestrutura no país. E, depois de décadas de especulação, o Quênia descobriu petróleo em seu território. Isso aconteceu há apenas dois anos – e ajuda a explicar a motivação dos chineses.

A nova zona econômica, próxima à capital Nairóbi, terá “pelo menos 20 arranha-céus” e quer se tornar “um destino de compras que abriga produtos globais da China e de outros países”, de acordo com a Construction Weekly. Aparentemente, à medida que investidores reforçam seus investimentos na África Oriental, eles querem construir um enclave controlado para realizarem suas atividades.

E de acordo com o Daily Nation, já existem dois outros planos de erguer novas cidades na mesma área. A Konza Techno City é um projeto de US$ 14,5 bilhões destinado a criar “a savana do silício africana” (em comparação ao Vale do Silício nos EUA). Por sua vez, a Machakos City propõe dezenas de arranha-céus e hectares de casas suburbanas. Todos eles estão relacionados ao plano de desenvolvimento Vision 2030 do Quênia, mas não está claro se eles vão coexistir, ou se estão concorrendo entre si.

Quanto ao novo plano, ainda há muitas perguntas não-respondidas – incluindo quem vai projetar a nova cidade. Saberemos mais depois que o primeiro-ministro chinês Li Keqiang visitar o Quênia no mês que vem. [Construction Weekly]

Foto de Dubai, na Índia, por Ashraf Jandali/Shutterstock.

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