Chuva de meteoros no dia 31 promete surpresas e será visível no Brasil

Estimativas indicam que será possível acompanhar a passagem de 140 a 1.400 estrelas cadentes por hora. Melhor visualização será nas regiões norte e nordeste
Chuva de Meteoros
Imagem: Fernando Rodrigues/Unsplash/Reprodução

A chuva de meteoros Tau Herculidas promete fechar o calendário astronômico do mês de maio com chave de ouro. Na madrugada da próxima terça-feira (31), será possível observar os fragmentos do cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3 (SW3) cortando o céu noturno. 

O pico está previsto para às 2h da manhã (horário de Brasília). Moradores das regiões norte e nordeste terão vantagens na observação. A indicação dos especialistas é que o público olhe para cima na direção noroeste. A Lua está em sua fase Nova e não deve atrapalhar a visualização do fenômeno.

Ainda não é possível saber a intensidade da chuva de meteoros. Porém, estimativas otimistas indicam que será possível acompanhar a passagem de 140 a 1.400 meteoros por hora, que irradiam da Constelação de Hércules. Se o maior número estiver correto, teremos a visão de um verdadeiro espetáculo. Dedos cruzados.

Apesar do pico esperado para o dia 31, já será possível ver um meteoro ou outro entre os dias 28 de maio e 1º de junho. As estrelas cadentes da chuva de meteoros Tau Herculidas viajam a cerca de 16 km/h — o que é considerado bem lento. Isso é positivo, pois aumenta as chances de observação.

O cometa SW3 foi avistado pela primeira vez pelos alemães Arnold Schwassmann e Arno Arthur Wachmann, em 1930. A dupla percebeu que o objeto celeste orbitava o Sol a cada 5,4 anos. 

Mas foi só em 1995 que os cientistas notaram algo diferente no cometa. Ele havia se tornado 600 vezes mais brilhante, um resultado de sua fragmentação. O objeto em pedaços vai deixando seus detritos para trás, o que resulta na chuva de meteoros.

Para assistir ao fenômeno, é importante se afastar das luzes da cidade. Procure por um campo aberto e sem interferência luminosa. Binóculos e telescópios podem acabar limitando seu campo de visão, por isso não são recomendados para eventos como este. Cheque também as condições climáticas para a sua cidade, já que elas podem atrapalhar a observação.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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