Ciência

Cidades mais verdes capturam e reduzem emissões de carbono, diz estudo

Uma pesquisa publicada recentemente na revista Nature Climate Change chegou a conclusão de que dezenas de cidades europeias poderiam zerar suas emissões de carbono nos próximos 10 anos
Imagem: Bea Berces/ Unsplash/ Reprodução

Uma pesquisa publicada recentemente na revista Nature Climate Change chegou a conclusão de que dezenas de cidades europeias poderiam zerar suas emissões de carbono nos próximos 10 anos. Para isso, elas têm que incorporar elementos da natureza em seu projeto urbanístico.

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Os resultados são baseados na integração de dados de estudos anteriores sobre os impactos do que eles chamam de soluções baseadas na natureza. 

Isso inclui espaços de horta urbana, uso de pavimentos permeáveis que permitem a absorção de água da chuva no solo, construção de estradas mais estreitas com mais áreas verdes e árvores, preservação de habitats da vida selvagem e criação de ambientes mais agradáveis para caminhadas e ciclismo.

“Há muitos estudos que examinam os efeitos de soluções baseadas na natureza individualmente, mas este os combina todos e analisa o potencial efeito sistêmico. Isso é novo”, disse ao Eureka Alert Zahra Kalantari, uma das autoras do estudo.

Até 17,4% de redução nas emissões de carbono

O estudo foi realizado por pesquisadores da Suécia, dos EUA e da China. No artigo, há recomendações de abordagens mais eficazes para a sequestração natural de carbono em 54 cidades da União Europeia. 

Em Berlim, por exemplo, a pesquisa aponta que priorizar edifícios e espaços urbanos com cobertura verde poderia resultar em 6% de redução das emissões de gases do efeito estufa para residências, 13% para as indústrias e 14% nos transportes.

Além da captura do carbono, a redução das emissões acontece porque essa infraestrutura substitui o uso de outros elementos poluentes. Por exemplo, mais parques e espaços verdes estimulam as pessoas a caminhar ou andar de bicicleta, ao invés de usar automóveis.

O artigo ainda aponta quais medidas devem ser priorizadas e onde localizá-las para obter o melhor efeito. Assim, elas podem melhorar ainda mais os microclimas urbanos. Elas podem absorver calor e frio, e, como resultado, reduzir o consumo de energia em edifícios.

Portanto, seguir a abordagem recomendada na pesquisa pode reduzir as emissões de carbono nas cidades europeias listadas no estudo em uma média de 17,4%.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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