Cientistas descobrem cratera de 18 mil anos com vulcão subaquático no oceano Ártico

Com 7 metrso de diâmetro, vulcão de lama está a 400 metros de profundidade e é o segundo do tipo encontrado em águas norueguesas
vulcão de lama na noruega
Imagem: UiT/Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Tromsø, na Noruega, descobriram um vulcão subaquático localizado 130 quilômetros ao sul da norueguesa Ilha do Urso (ou Bjørnøya), no mar de Barents, Oceano Ártico. Apelidado de Borealis Mud, é o segundo vulcão de lama já encontrado nas águas do país.

O vulcão mede aproximadamente 7 metros de diâmetro e 2,5 metros de altura. Ele está 400 metros abaixo da superfície do mar e fica no meio de uma cratera bem maior, com 300 metros de largura e 25 metros de profundidade – que, segundo os pesquisadores, provavelmente resultou de uma erupção há 18 mil anos.

Os pesquisadores capturaram imagens do Borealis Mud em 7 de maio, usando um rover controlado remotamente. Eles também encontraram uma série de animais: esponjas, corais, estrelas do mar, aranhas do mar, anêmonas e crustáceos. Eles estariam se alimentando de crostas de carbonato nos flancos do vulcão, formadas há milhares de anos quando micro-organismos consumiram metano e geraram bicarbonato como subproduto.

O que é um vulcão de lama

Um vulcão de lama é uma estrutura geológica que se forma quando fluidos e gases que se acumularam sob pressão dentro da Terra encontram uma rota de fuga para a superfície. O material sobe por meio de rachaduras, criando uma erupção de lama à medida que escapa.

A lama costuma borbulhar até a superfície tranquilamente, mas as erupções podem ser violentas e catastróficas – como a que atingiu uma série de aldeias em Sidoarjo, na Indonésia, em maio de 2006, e obrigou 60.000 pessoas a se mudarem. As erupções de lama também podem virar explosões, à medida que a maioria do gás que sai de um vulcão de lama é metano, altamente inflamável.

Os vulcões de lama são comuns na Indonésia, no Azerbaijão, em Trindade e Tobago, na Itália e no Japão. Os subaquáticos são difíceis de se detectar, mas os pesquisadores estimam que pode haver centenas ou milhares deles no fundo do mar.

Assine a newsletter do Giz Brasil

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas