Cientistas encontram “minhoca gigante” vivendo no Brasil
Uma nova espécie de réptil, com características estranhas e similar a uma “minhoca gigante”, foi descoberta no Brasil. A descoberta aconteceu durante um trabalho de proteção à fauna da Serra do Espinhaço, realizado pela empresa Bamin (Bahia Mineração).
Em um estudo publicado no último dia 2, cientistas revelaram que o animal foi encontrado em Caetité, na Bahia. No estudo, cientistas brasileiros classificaram a nova espécie como Amphisbaena amethysta.
O animal, que parece uma mistura de cobra com verme, é do grupo das anfisbenas. Esse grupo engloba répteis sem patas que não se encaixam nas famílias das serpentes ou dos lagartos.
Curiosamente, em algumas regiões do Brasil, as anfisbenas são conhecidos como “cobras-de-duas-cabeças” devido à sua cauda arredondada, que se assemelha ao formato do crânio.
De acordo com o estudo, a espécie se diferencia de outras anfisbenas pelo formato do seu focinho, bem como as escamas e o número de anéis no seu corpo.
“Minhoca Gigante” é carnívora e vive debaixo da terra
Em análises de DNA, os cientistas confirmaram que essa “minhoca gigante”, com cerca de 26 centímetros de comprimento, era, de fato, uma nova espécie encontrada no Brasil.
Por isso, a Amphisbaena amethysta recebeu um nome que homenageia Brejinho das Ametistas, entre a Caatinga e o Cerrado, com uma enorme biodiversidade.
De acordo com o estudo, essa espécie passa a maior parte do tempo em túneis subterrâneos. Ela se alimenta de pequenos insetos que caem nessas estruturas.
Apesar de ter dentes afiados e morder, a espécie não é peçonhenta e representa uma diversidade ecológica maior do que se imaginava na fauna da Serra do Espinhaço.
Além disso, os cientistas acreditam que essa região pode abrigar outras espécies endêmicas de outras classes de animais.
“A identificação de uma nova espécie indica que a fauna fossorial da Serra do Espinhaço, bem como de outros grupos, está longe de ser completamente conhecida. O local pode abrigar uma diversidade muito maior de táxons endêmicos,” afirmaram os cientistas.