Ciência

Cientistas registram a explosão gigante mais distante no espaço

Explosão gigante é a maior liberação de energia não destrutiva em todo o espaço e vem de magnetares, que são estrelas de nêutrons
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

Em novo estudo publicado na revista Nature, um grupo de astrofísicos identificou o exemplo mais distante de uma explosão gigante no espaço. O fenômeno consiste em uma erupções de raios gama, liberados por magnetares.

Em geral, os magnetares são um tipo de estrela de nêutrons. Suas explosões são os eventos com maior liberação de energia não destrutiva de todo o universo conhecido.

“Explosões gigantes são eventos muito raros”, comentou à CNN o cientista Sandro Mereghetti, principal autor da pesquisa.

As estrelas de nêutrons e os magnetares

Em suma, as estrelas de nêutrons nascem a partir de estrelas que possuem de oito a 25 vezes a massa do sol e que já estão no final de suas vidas. Nesse momento, elas explodem ou colapsam, gerando as estrelas de nêutrons.

Essas, por sua vez, possuem cerca de uma ou duas vezes a massa do sol, que fica comprimida. “São os objetos astrofísicos mais compactos e densos. Eles são tão densos quanto núcleos atômicos”, disse a astrofísica e co-autora do estudo, Michela Rigoselli.

Os magnetares são uma classe de estrelas de nêutrons. Assim, a grande diferença para o restante dos objetos desse grupo é que eles possuem um campo magnético de 1 mil a 10 mil vezes mais forte. Dessa forma, têm um campo magnético um trilhão de vezes maior que o sol.

“Podemos dizer que os magnetares são estrelas de nêutrons alimentadas pela sua própria energia magnética. Isso não acontece em estrelas de nêutrons comuns”, assim explicou Rigoselli.

A explosão gigante mais distante

De acordo com o novo estudo, a explosão gigante mais distante aconteceu em uma galáxia chamada Messier 82, também conhecida como M82. Os registros apontam que o evento liberou em um décimo de segundo toda a energia que o sol emite em cerca de 10 mil anos.

No total, apenas duas explosões gigantes foram confirmadas na Via Láctea — uma em 2004 e outra anteriormente em 1998. Além disso, somente um evento como esse foi identificado em outra galáxia: a em 1979, na Grande Nuvem de Magalhães.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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