Em março, ficamos sabendo que Vivo e TIM se uniram para tentar comprar os ativos da Oi, que está em recuperação judicial desde 2016. Neste sábado (18), a Claro também se juntou às outras duas operadoras para fazer uma oferta pela operação móvel do Grupo Oi.
Vivo, TIM e Claro divulgaram o fato relevante (documento revelando os planos de uma novidade importante) sobre a proposta em seus respectivos sites, e os comunicados são bem parecidos. A Oi, por sua vez, confirma o recebimento da oferta e diz que “a companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento do assunto objeto deste Fato Relevante”.
Conforme explica o Teletime, uma peculiaridade do processo é que as operadoras fizeram uma oferta vinculante, portanto elas têm o compromisso firme com o negócio. Elas também pediram para serem tratadas como “stalking horses”, o que permitirá que as companhias tenham o direito garantido de cobrir outras propostas. À título de curiosidade, no fim de junho a operadora mineira Algar Telecom se juntou a um fundo de Cingapura para comprar a operação móvel da Oi e uma participação da divisão de fibra óptica.
Apesar da proposta das três grandes operadoras do mercado brasileiro, não existe um detalhamento (pelo menos público) de quais ativos cada uma delas ficaria com a concretização do negócio. Os ativos pretendidos da Oi são os termos de autorização de uso de radiofrequência; base de clientes do Serviço Móvel Pessoal; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo; e sistemas/plataformas.
Em comunicado, a Vivo diz que “se concretizada, a transação agregará valor para nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço” e que também “contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.
A TIM diz que a operação tem o potencial de “acelerar o crescimento e aumentar a eficiência operacional por meio de sinergias”. Do ponto de vista do consumidor, continua o comunicado em inglês, “a transação promoverá ganhos na experiência de uso e melhorias na qualidade de serviço, além da possibilidade de lançamento de produtos e ofertas”.
Já a Claro, além de citar melhorias no serviço, cita que a operação pode “contribuir para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.