Clima descontrolado: batido recorde de dia mais quente da história

Não surpreende, mas, infelizmente, preocupa: batemos o recorde de dia mais quente da história.

No último domingo (21 de julho), a Terra alcançou sua maior média de temperatura, quebrando o recorde recente do ano passado, de acordo com dados do serviço de mudanças climáticas da União Europeia, o Copernicus.

• Terra alcançará temperatura crítica já em 2029
• 2023 foi o ano mais quente dos últimos 100 mil anos, mostram dados

A temperatura média da superfície da Terra chegou a 17,09 °C no domingo, superando o recorde de julho do ano passado, quando chegou a 17,08 °C.

Esse aumento é preocupante porque, apesar das mudanças climáticas, a superfície da Terra mantém uma temperatura média de 15 °C, de acordo com a NASA.

Embora no Brasil seja inverno, ondas de calor nos EUA, Europa e Rússia contribuíram para esse recorde. Além disso, regiões do Mediterrâneo correm riscos de incêndio. 

A Grécia registrou temperaturas que superaram 40 °C nas duas últimas semanas. O resultado: 33 incêndios em 24 horas na segunda-feira (22).

Na Espanha também há um enorme risco de queimadas nesta semana conforme as temperaturas vão subindo no sul do país. Na quarta-feira, segundo estimativas do órgão de meteorologia do governo espanhol, Córdoba e Sevilla vão chegar aos 43 °C.

Today's #EFFIS Fire Danger Forecast 🔥 focuses on the Iberian Peninsula, showing that large areas of #Spain 🇪🇸 and #Portugal 🇵🇹 are in varying danger levels🟠🔴🟤

⚫️'Very Extreme Danger' levels are present in the #Murcia and #Andalucía regions🇪🇸

📎https://t.co/XL7jHVJ8Mv pic.twitter.com/gxn6Euxq60

— Copernicus EMS (@CopernicusEMS) July 23, 2024

Além disso, o Copernicus prevê ondas de calor em Paris, ou seja, durante as Olimpíadas que se iniciam nesta semana.

Recordes em profusão

O calor extremo já causou muitos estragos ao redor do mundo somente neste ano. Todos os meses desde junho de 2023, ou seja, 13 vezes consecutivas, bateram o recorde de mês mais quente da história. 

Aliás, o recorde de dia mais quente foi quebrado quatro vezes no ano passado, do dia 3 ao dia 6 de julho, devido ao extremo calor no Hemisfério Norte.

Cientistas já afirmaram que 2024 pode superar 2023 como ano mais quente devido ao aumento na intensidade das mudanças climáticas, que geram eventos extremos, desde enchentes a incêndios florestais.