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Dia Nacional do Café: estudo acompanha 100 bebedores e mostra efeitos da cafeína

Pesquisa investigou efeitos agudos do consumo do grão – questão que ainda é incerta para a ciência

Com cafeína ou sem? Estudo acompanha 100 bebedores de café e mostra efeitos

Imagem: Karl Fredrickson/Unsplash/Reprodução

Pesquisadores da Universidade da Califórnia acompanharam 100 pessoas apaixonadas por café para identificar possíveis efeitos da cafeína.

A bebida é uma das mais consumidas do mundo, em especial no BrasilSó em 2020, cada brasileiro consumiu, em média, 4,81 kg de café torrado, segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café). A popularidade é tão alta que 24 de maio virou o Dia Nacional do Café. A data marca o início da colheita no Brasil, país que mais produz e exporta o grão no mundo. 

O estudo, publicado na terça-feira (23), quis verificar os efeitos agudos do consumo do grão – uma questão que ainda é incerta para a ciência. 

Para isso, os cientistas equiparam 100 adultos com um dispositivo de eletrocardiograma, um acelerômetro de pulso e um monitor contínuo de glicose durante 14 dias. 

O objetivo era medir arritmias (alteração no ritmo dos batimentos), contagem diária de passos, minutos de sono e níveis de glicose, enquanto os participantes receberam orientações sobre reduzir ou aumentar os níveis de café durante a semana. 

Café faz mal para a saúde? 

Para o coração e níveis de glicose, o café não demonstrou efeitos exageradamente perigosos ou contrações expressiva o suficiente para que cientistas recomendem a interrupção do uso. 

O estudo mostrou que o consumo de cafeína teve relação com 58 contrações atriais prematuras diárias (arritmia). Mas nos dias em que não houve consumo de cafeína, essas contrações se repetiram 53 vezes – ou seja, um número muito parecido. 

Além disso, o consumo de café com cafeína foi associado a 154 contrações ventriculares prematuras diárias – ou seja, batimentos cardíacos “extras”. Na ausência de cafeína, foram 102 repetições diárias do mesmo sintoma. 

As pessoas que consumiram café pareceram se mover mais: deram uma média de 10.646 passos diários, enquanto indivíduos no oposto deram 9.665. Os níveis de glicose permaneceram quase idênticos: 95 mg por decilitro e 96 mg por decilitro, respectivamente. 

O que mudou foram os minutos de sono. Quem tomou cafeína dormiu até 397 minutos. Para os não consumidores, foram 432 minutos por noite. 

Apesar da pesquisa mostrar uma certa diferença entre o consumo, ou não, de cafeína, os índices não foram tão acentuados – o que significa que, por enquanto, ainda não há evidências de que o café faz mal para a saúde (ufa!). 

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