Como surgiram os diamantes rosas? Ciência explica origem curiosa
Os diamantes rosas, raros e altamente valorizados, são objetos de desejo para entusiastas de pedras preciosas em todo o mundo. Mas você já se perguntou sobre a origem dessa rocha tão única?
Para ter uma noção da raridade das peças, apenas um em cada dez mil diamantes extraídos em todo o mundo exibe essas cores vivas. E, surpreendentemente, cerca de 90% dos diamantes rosas têm sua origem em uma mina na Austrália, que foi encerrada em 2020.
Um estudo recentemente publicado na Nature Communications, lançou luz sobre as possíveis origens dessas pedras deslumbrantes. Utilizando tecnologia laser para examinar minerais e rochas encontrados em uma mina, os pesquisadores identificaram um vasto depósito de diamantes rosa que se formou há impressionantes 1,3 bilhões de anos.
O material teria se formado durante a divisão de um supercontinente em duas massas de terra distintas. Para entender como isso teria acontecido, é preciso primeiro como os diamantes rosas são formados.
Para que essa transformação ocorra, o diamante deve ser submetido a extremas pressões e altas temperaturas. Embora os diamantes já se formem em condições adversas, essa segunda etapa de forças intensas distorce a estrutura original, dando origem à coloração rosa.
Portanto, em essência, os diamantes rosas são, de fato, diamantes brancos que passaram por uma transformação única.
Mina australiana de diamantes rosas
No caso da mina australiana, essa transformação aconteceu há cerca de 1,8 bilhões de anos, quando duas placas tectônicas colidiram. Após essa colisão, os diamantes rosa ficaram ocultos a centenas de quilômetros abaixo da superfície terrestre, inacessíveis às mãos humanas que surgiriam muito tempo depois.
Com base na idade das rochas encontradas em Argyle, os cientistas teorizam que esse depósito se formou como resultado da fragmentação do supercontinente conhecido como Nuna ou Columbia, que começou a se separar há aproximadamente 1,3 a 1,2 bilhões de anos atrás, correspondendo à datação apresentada pelos pesquisadores.
A hipótese dos cientistas sugere que a separação de Nuna reabriu as fissuras que deram origem aos diamantes rosa, permitindo que essas joias se aproximem da superfície terrestre ao longo do tempo.
Diamante mais caro do mundo
A casa Sotheby’s de Hong Kong leiloou um diamante rosa com 11,15 quilates por um impressionante valor de US$ 49,9 milhões, o que equivale a cerca de R$ 246 milhões, em 2022.Esse preço por quilate é o mais alto já registrado na história.
Vale ressaltar que, inicialmente, os especialistas estimavam o valor desse diamante em US$ 21 milhões. Além disso, em um leilão ocorrido em 2017, um diamante rosa semelhante, porém com 59,60 quilates, foi vendido por uma quantia igualmente impressionante de US$ 71,2 milhões.