Confide: conheça o app de conversa usado na trama do assassinato de Marielle

No início do mês, em depoimento prestado ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e à Polícia Federal, o ex-policia militar Élcio Queiroz revelou que utilizou o aplicativo Confide para planejar o ataque que tirou a vida da vereadora Marielle Franco, assim como do motorista dela, Anderson Gomes.

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Élcio afirmou que utilizou a plataforma para se comunicar com o também ex-PM Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos.

O Confide é um aplicativo de mensagens que promete manter o mesmo nível de confidencialidade de conversas pessoais. Os usuários podem ler as mensagens compartilhadas na plataforma apenas uma única vez e, após a leitura, elas se autodestroem e não podem ser recuperadas. Além disso, o mensageiro também bloqueia tentativas de captura de tela.

A empresa recomenda a plataforma para pessoas que precisam discutir assuntos sensíveis ou tomar decisões com parceiros de negócios sem risco de vazamento de informações. Além disso, os responsáveis pela aplicação prometem privacidade aos usuuários através de “criptografia de nível militar”.

Confide tem segurança controversa

O aplicativo ficou muito popular quando foi revelado que ele era utilizado por assessores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Algumas informações revelam que o app era o favorito de funcionários do governo norte-americano. Eles chegaram a usar o app para vazer informações internas para a imprensa.

Contudo, em 2017, alguns pesquisadores levantaram dúvidas sobre a segurança do aplicativo, alegando que ele não era transparente o suficiente sobre a tecnologia de criptografia utilizada para manter a privacidade dos usuários. Uma das principais polêmicas é a respeito do termo “criptografia de nível militar”, que segundo especialistas não têm nenhuma validade, exceto para fins de marketing.

Os especialistas encontraram uma série de vulnerabilidades na plataforma, incluindo brechas para agentes mal-intencionados invadirem os servidores e coletarem informações sensíveis de usuários.

Desde a polêmica, especialistas em segurança cibernética recomendam a utilização de outros mensageiros com uma tecnologia de criptografia mais transparente e confiável, como Telegram e, principalmente, o Signal, por exemplo.