Nesta quinta-feira (21), a Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, testou positivo para a Covid-19 pela primeira vez. Agora, a autoridade está tratando a infecção com o medicamento Paxlovid, o primeiro antiviral oral para a doença com aprovação regulatória no país.
O Paxlovid foi desenvolvido pela Pfizer. Ele combina o novo medicamento nirmatrelvir ao antiviral ritonavir, usado no tratamento do HIV. Esse segundo remédio ajuda a desacelerar a quebra do nirmatrelvir (responsável por inibir a replicação do vírus), permitindo que o medicamento permaneça ativo no corpo por mais tempo –e em concentrações mais altas.
Cientistas recomendam que o tratamento seja iniciado dentro dos cinco primeiros dias após a aparição dos sintomas. Em estudos divulgados em dezembro de 2021 pela farmacêutica, a pílula reduziu os riscos de internação por Covid-19 em 89%.
O Paxlovid é indicado apenas para pessoas consideradas do grupo de risco para a infecção. Os médicos indicam a ingestão de três comprimidos duas vezes ao dia, durante cinco dias. Alguns pacientes podem apresentar efeitos adversos como diarreia, alterações no paladar e hipertensão.
Mas há um fator que tem preocupado os cientistas.
Apesar do alívio rápido dos sintomas, algumas pessoas que tomaram o Paxlovid voltaram a testar positivo e sentir sinais da doença após o término das pílulas.
O próprio assessor médico chefe do presidente, Anthony Fauci, enfrentou o efeito rebote do medicamento. Pesquisadores temem que o vírus acabe criando certa resistência ao Paxlovid, tornando-se ainda mais forte.
Mais estudos são necessários para investigar o caso. Por enquanto, recomenda-se que os médicos tenham cautela na hora de prescrever o Paxlovid.