Conheça o Vine, aplicativo rival do TikTok que Elon Musk quer ressuscitar

O principal concorrente do TikTok em 2016, o Vine foi descontinuado em 2017; agora, Elon Musk indica que pode retomar a rede
Conheça o Vine, aplicativo rival do TikTok que Elon Musk quer ressuscitar
Imagem: Giz Brasil/Arquivo

Depois de assumir a chefia e demitir todos os executivos do Twitter, Elon Musk agora pode trazer de volta o Vine. A rede social de vídeos curtos é a precursora do TikTok e foi berço de memes e personalidades da internet entre 2013 e 2017. 

No domingo (30), Musk iniciou a discussão em seu perfil no Twitter. “Trago de volta o Vine?”, perguntou. Abaixo, deixou as opções: Sim ou Não. Até a publicação deste texto, quase 70% dos mais de 4 milhões de votos diziam que, sim, a rede deveria voltar. 

O Vine ganhou popularidade por causa do formato fácil e rápido: na plataforma, os usuários enviavam vídeos de até seis segundos. Assim como o TikTok, era possível usar ferramentas de edição no próprio app antes de postar as produções.

A rede revelou grandes talentos, como o cantor Shawn Mendes e o ator norte-americano Logan Paul. No Brasil, vários criadores de Vines ficaram famosos: Lucas Rangel e Maju Trindade são exemplos de quem começou lá e permanecem em alta até hoje. 

https://www.youtube.com/watch?v=8hl7SoQ_0kU

No tuíte, Musk pediu sugestões do que pode fazer para tornar o Vine melhor que o TikTok. As respostas variaram de “pague os criadores” e “ir além de curtidas e comentários” até “livre a rede de predadores sexuais”.

Nesta segunda-feira (31), fontes disseram ao site Axios que Musk instruiu os engenheiros do Twitter a trabalhar em uma reinicialização do Vine. A plataforma tende a ficar pronta até o final do ano.

Uma equipe já foi escolhida para examinar a antiga base de código do Vine. Aparentemente, não houve nenhuma alteração desde o desligamento. “Precisa de muito trabalho”, disse uma das fontes.

Protagonista dos anos 2000

Os programadores norte-americanos Dom Hofmann, Colin Kroll e Rus Yusupov criaram o Vine e logo venderam a rede para o Twitter por US$ 30 milhões em outubro de 2012.

A rede foi um sucesso nos primeiros dois anos, mas logo começou a perder o brilho ao concorrer com outras plataformas, como YouTube e Instagram, que reproduziam seu próprio software para criação de vídeos. 

Em outubro de 2016, o Twitter anunciou o fim da rede. A partir de então, os usuários podiam visualizar e baixar vídeos, mas já não conseguiam fazer upload de novos posts. Na mesma época, a ByteDane lançou o TikTok na China – o app que se tornaria global poucos anos depois. 

A plataforma do Vine fechou oficialmente em 2019. Ainda assim, a rede continuava sob domínio do Twitter. Como Elon Musk concluiu a compra da rede por US$ 44 bilhões na semana passada, ele também tomou posse da marca.

Agora, o bilionário pode decidir se o Vine volta, ou não. A reinicialização pode ser uma das várias “mudanças radicais” que Musk diz querer fazer no Twitter logo após a aquisição. Outra medida seria a venda de selos de verificado para os usuários

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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