Conheça os óculos inteligentes que querem substituir seu notebook
A Nimo Planet tem uma aspiração um tanto quanto ambiciosa: fazer com que os óculos inteligentes desenvolvidos pela empresa substituam notebooks.
Levando em consideração o resultado atingido por rivais que também tentaram emplacar os smart glasses, soa um pouco difícil de acreditar. No entanto, o smart glasses da Nimo parece contar com recursos realmente funcionais, e isso pode fazer com que o dispositivo conquiste o mercado. Bem, pelo menos na teoria.
O dispositivo é capaz de mostrar até seis telas para o usuário. Para interagir com elas, basta conectar um teclado e um mouse bluetooth aos óculos e realizar algumas tarefas corriqueiras de um jeito completamente diferente do tradicional.
É importante destacar que a empresa, ao menos nesta fase inicial, não tem pretensões de lançar dispositivos com grande poder de processamento. Então não será dessa vez que será possível editar vídeos em 4K com óculos inteligentes. O dispositivo também não vem com alto falantes integrados, mas permite que o usuário conecte fones bluetooth para utilizá-lo.
O fato dos óculos inteligentes não possuírem recursos mirabolantes ou insistir no uso de realidade aumentada pode ser considerado um acerto. Tudo porque muitas empresas pioneiras do segmento, como a Google, com seu Google Glass, ou a Amazon, com o Echo Frames e o Ray-ban Stories, da Meta, adicionaram uma série de recursos inúteis — ou que não são funcionais no mundo real, visando causar uma revolução no mundo tecnológico. Isso fez com que os smart glasses não atingissem o sucesso esperado.
https://youtu.be/IWyGpp715Cs
Os óculos inteligentes estão sendo desenvolvidos há quatro anos e por uma equipe fixa de dez pessoas. Um fato que chama bastante atenção sobre o desenvolvimento do produto é o orçamento: foram gastos apenas US$ 300.000 durante o processo. Atualmente, alguns desenvolvedores terceirizados terão acesso a alguns produtos e alguns clientes empresariais também poderão fazer reserva de algumas unidades.
O Nimo deve ser comercializado a partir de 2023 em algumas cidades da Índia e também nos Estados Unidos, pelo valor de US$ 799 (cerca de R$ 4000). Não há informações sobre se o produto será comercializado no Brasil, e se um dia chegar no mercado nacional, os brasileiros podem esperar preços bem elevados.