_Curiosidades

Coreia do Sul: por que serviço militar colocou fim no BTS e tirou astro da seleção

Nem os astros do BTS e ídolo do futebol escaparam de servir ao serviço militar da Coreia do Sul; todos os homem devem se alistar até os 28 anos

Coreia do Sul: por que serviço militar colocou fim no BTS e tirou astro da seleção

Imagem: Instagram/Reprodução

A relação que jovens da Coreia do Sul têm com o serviço militar ganhou destaque mundial nos últimos anos. Enquanto Son Heung-min, estrela coreana do Tottenham (Inglaterra) disputa a Copa do Mundo após se alistar, o BTS deixou os palcos em outubro também para servir ao exército sul-coreano. 

Tanto Son quanto os sete artistas da boy band coreana não escaparam da exigência do Estado sul-coreano: todos os homens fisicamente aptos devem completar 21 meses de serviço militar antes dos 28 anos. 

O sistema atual permite algumas exceções para atletas e músicos clássicos – mas não para artistas pop. Alguns legisladores, porém, começaram a discutir no começo do ano se os ídolos do K-Pop podem fugir à regra. 

No caso de Son, ele serviu o exército por apenas três semanas entre abril e maio de 2020. Foi durante a pausa de três meses na Premier League (primeira divisão do campeonato inglês) por causa da pandemia. 

Son serviu ao serviço militar aos 27 anos, no prazo limite dado pelo governo sul-coreano – ele completava 28 anos em julho de 2020. O atleta ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2018 e, por isso, só cumpriu o período de treinamento básico. 

O atacante ainda saiu com honras do seu rápido período no exército. Segundo o jornal Korea Herald, Son ficou em primeiro lugar entre 157 novatos na formatura do Corpo de Fuzileiros Navais na ilha de Jeju, ao sul do país. 

Ainda assim, o atleta precisou fazer 544 horas de serviço comunitário durante seu trabalho como jogador profissional. Hoje, Son é o líder da seleção sul-coreana, que segue para as oitavas de final no Catar. 

“É uma lei”, diz RM do BTS 

Depois de anos de incerteza sobre o alistamento do septeto, os membros do BTS, o maior grupo de K-pop do mundo, decidiram pausar a carreira para servir ao Exército. O anúncio, lançado em outubro, não pegou os fãs de surpresa – a maioria já esperava uma pausa na carreira após 10 anos ininterruptos de trabalho. 

Jin, o mais velho e primeiro dos sete a ingressar no serviço militar em 13 de dezembro. Não está claro qual será o tempo de permanência. A expectativa da agência HYBE, porém, é que o grupo volte em 2025. 

Em entrevista à revista Variety, RM – ou “rap monster” nome artístico de Kim Nam-joon – foi questionado sobre o sentimento de ter de pausar a carreira da banda por causa da obrigatoriedade. Segundo ele, não há nada a dizer. 

“Você sabe, é apenas um serviço militar e é uma lei, então todo homem tem que cumprir. Não acho que haja um ponto de julgamento que eu possa dizer se é positivo ou negativo”, afirmou o rapper e líder do BTS. 

RM, que acaba de lançar o álbum solo “Indigo”, disse que seu futuro alistamento não tem relação com o disco. “É apenas uma situação pela qual tenho que passar. Então, estou calmo e pronto para enfrentar a vida que tenho que enfrentar”, pontuou. 

As incertezas sobre o alistamento dos integrantes do BTS eram frequentes porque o septeto se tornou mais que um mero grupo musical. 

O governo sul-coreano nomeou os artistas como enviados especiais da ONU (Organização das Nações Unidas) e não só apoia o movimento, como investe nele. Só em 2020, Seul investiu 1,69 trilhão de wons (mais de R$ 7,6 bilhões na conversão direta) para fomentar o cenário cultural do país. 

Sair da versão mobile