O aumento de casos de Covid-19 e Influenza não está lotando apenas os hospitais, mas também as plataformas de atendimento online. Um levantamento feito pela Saúde Digital Brasil, associação de empresas responsável por 90% do mercado privado de telessaúde no país, mostrou que as consultas por telemedicina subiram de 7 para 15 mil na semana entre o Natal e Ano Novo.
Os primeiros dias de janeiro foram ainda mais expressivos, e a organização estima que os números possam ultrapassar a marca de 50 mil atendimentos neste começo de ano. De acordo com a associação, as infecções causadas pela variante ômicron e pelo influenza H3N2 estão fazendo a quantidade de atendimentos online dobrar a cada 36 horas.
O Grupo Conexa, maior plataforma independente de telemedicina da América Latina, apontou para um aumento médio de 150% no atendimento de pacientes por síndromes respiratórias no Brasil. A maior procura pelo serviço foi registrada nas capitais Rio de Janeiro e São Paulo, que enfrentaram um salto de 101% e 180% nos atendimentos, respectivamente.
Os casos de gripe parecem ser mais expressivos do que os de Covid-19, representando uma porcentagem de atendimento de 1146%. A doença causada pelo Sars-CoV-2 fica bem atrás, com 97%. Todos os dados apontam para o estágio da pandemia em que estamos, similar ao pico enfrentado em março de 2021.
Em outras épocas, o tempo na sala de espera para receber atendimento por telemedicina não era superior a 15 minutos. Agora, alguns pacientes já relatam filas de até 24 horas.
Um ouvinte da rádio BandNews FM enviou imagens à emissora indicando que havia entrado no sistema de sua operadora de saúde em busca de assistência médica às 19h37 da terça-feira (4). Outras 723 pessoas estavam a sua frente na fila, e o paciente só conseguiu atendimento às 21h48 do dia seguinte.
Esse tempo pode variar de acordo com o plano de saúde. De toda forma, a telemedicina continua sendo uma ótima opção para evitar a superlotação de hospitais e também a disseminação dos vírus. O ambiente online é seguro e conta com médicos qualificados para dar diagnósticos com base em exames e sintomas relatados.