Crânio de Tiranossauro rex deve chegar a US$ 20 milhões em leilão

Dino de 76 milhões de anos foi encontrado na formação Hell Creek, na Dakota do Sul (EUA) - e não é o primeiro grande réptil achado no local a ir à leilão
Crânio de Tiranossauro rex deve chegar a US$ 20 milhões em leilão
Imagem: Sotheby's/Divulgação

A casa de leilões Sotheby’s, em Nova York, deve apresentar em breve aos seus compradores uma peça para lá de exclusiva. No dia 9 de dezembro, será vendido nada menos do que o crânio de um Tiranossauro rex.  

O fóssil, apelidado de Maximus, deve sair por um valor entre US$ 15 e US$ 20 milhões (entre R$ 77 e R$ 103 milhões, na cotação atual). O crânio mede cerca de dois metros e pesa aproximadamente 91 quilos.

Os pesquisadores encontraram o fóssil de 76 milhões de anos praticamente intacto. Maximus possui mandíbulas com dentes e a maioria dos principais ossos externos em ambos os lados da face. O resto de seu corpo, por outro lado, não sobreviveu às ações da natureza. 

Maximus foi escavado entre 2020 e 2021 na Formação Hell Creek, na Dakota do Sul. O local é conhecido por já ter revelado um grande número de exemplares de T. rex. O dinossauro apelidado como Sue, por exemplo, também foi encontrado ali. Esse foi o primeiro gigante vendido em leilão, sendo arrematado por US$ 8,3 milhões em 1997.

O Tiranossauro rex Stan teve a mesma origem e destino de seus companheiros. Esse foi vendido por US$ 31,8 milhões em 2020, tornando-se o fóssil mais caro da história. Mais tarde, descobriu-se que o esqueleto foi comprado pelo Museu de História Natural de Abu Dhabi, que planeja exibir a aquisição em 2025.

O milionário que arrebatar Maximus não levará para a casa apenas o crânio do animal. A peça será acompanhada de toda a documentação da escavação, o que inclui fotografias de campo, inventário dos ossos e relatórios de condição e autenticidade dos fósseis.

A prática de leiloar partes originais de dinossauros não é aprovada por alguns paleontólogos. Os pesquisadores acreditam que, ao tornar as peças privadas, tira-se a chance dos cientistas de estudá-las, o que restringe e atrapalha o avanço científico.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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