Crânio de quase dois mil anos, de vítima de erupção em Pompeia, é encontrado intacto

No mês passado, arqueólogos na Itália encontraram restos de esqueletos de um um morador de Pompeia. Aparentemente, ele tinha tido sua cabeça esmagada por uma pedra gigante enquanto tentava fugir da erupção, que aconteceu na região a cerca de dois mil anos atrás. O crânio da vítima agora foi recuperado, e seu estado surpreendentemente conservado […]

No mês passado, arqueólogos na Itália encontraram restos de esqueletos de um um morador de Pompeia. Aparentemente, ele tinha tido sua cabeça esmagada por uma pedra gigante enquanto tentava fugir da erupção, que aconteceu na região a cerca de dois mil anos atrás. O crânio da vítima agora foi recuperado, e seu estado surpreendentemente conservado sugere uma outra causa de morte.

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O Monte Vesúvio de Pompeia entrou em erupção no ano 79 d.C e o episódio ficou famoso por ter matado as vítimas instantaneamente, graças ao fluxo piroclástico, uma nuvem densa e rápida, que as deixou paralisadas na posição em que estavam.

Escavações realizadas em maio revelaram o esqueleto do homem, mas seu crânio estava desaparecido. Imagem: Parque arqueológico de Pompeia

Novas escavações no sítio arqueológico no final de maio, descobriu os restos de uma vítima: um homem com cerca de 30 anos que parecia ter sido atingindo por uma grande rocha enquanto tentava fugir. A rocha, que pesa quase 300 quilos, provavelmente se desalojou a partir de um batente de uma porta, o que prendeu a vítima ao lapilli (uma camada de pequenas pedras vulcânicas).

Essa interpretação inicial, no entanto, agora parece estar errada, graças a descoberta do crânio intacto da vítima.

“Durante a primeira fase de escavação, parecia que a parte superior do tórax e o crânio, que ainda não tinham sido identificados, haviam sido cortados e arrastados para baixo de um bloco de rocha que atingira a vítima”, explicou o Parque arqueológico de Pompeia em um publicação no Facebook. “Essa hipótese preliminar surgiu a partir da observação do corpo da pedra impressa no cinerício [solo arenoso]. Após novas investigações, o crânio foi encontrado, posicionado em um nível mais baixo do que o resto do corpo”.

Imagem: Parque arqueológico de Pompeia

O crânio, numa condição quase perfeita, não exibe nenhum sinal de trauma, ou outra indicação que tenha sido atingido por uma rocha. Sua presença em nível mais baixo se deu provavelmente a um efeito da escavação relativamente recente, quando partes do solo entraram em colapso no século 19. Essa escavação levou o crânio e pedaços dos ossos, deixando o resto do esqueleto – e a grande rocha – na posição original.

“Acreditamos que ele morreu por ter sido sufocado pela poeira e cinzas vulcânicas”, disse Massimo Osanna, diretor do sítio arqueológico, ao The Telegraph. “Sua morte provavelmente não foi, portanto, devido ao impacto do bloco de pedra, como inicialmente pensado, mas provavelmente pela asfixia causada pelo fluxo piroclástico.”

Foi só após a sua morte que a rocha caiu sobre seu corpo, argumentam os arqueólogos.

As escavações também encontraram uma bolsa de moedas do homem, que ele havia pendurado no pescoço. A bolsa tinha 22 moedas de prata e bronze, com cerca de 80 sestércios, o que teria sido suficiente para sustentar uma família por cerca de duas semanas. O homem, provavelmente um comerciante, estava desesperado para salvar seu sustento enquanto tentava fugir da erupção vulcânica – uma tarefa ainda mais difícil devido à infecção óssea em sua perna.

Imagem: Parque arqueológico de Pompeia

A posição de seu crânio recém-descoberto, com a boca aberta como se estivesse dando um grito final, praticamente diz tudo.

[Telegraph, Science Alert]

Imagem do topo: Parque arqueológico de Pompeia

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