Criado robô cobra que aumenta de tamanho e pode ser usado em desastres
Pesquisadores italianos desenvolveram um robô que tem a capacidade surpreendente em formato de cobra que pode aumentar de tamanho. A iniciativa pode ser usada para acessar áreas que difícil acesso, como o topo de árvores ou escombros, por exemplo.
A máquina – chamada FiloBot – tem uma cabeça que imprime seu corpo, derretendo plástico, que então solidifica à medida que esfria. Assim, o pequeno robô consegue “crescer”.
A cabeça do robô é conectada a uma base por uma mangueira fina, através da qual recebe um novo suprimento de plástico de um carretel. Por enquanto, a taxa de crescimento do FiloBot é lenta – seu corpo se alonga apenas alguns milímetros a cada minuto.
Os criadores comparam o robô com uma videira, planta que cresce se esgueirando nas árvores ou outras estruturas. Um estudo descrevendo o robô foi publicado na revista Science Robotics.
Veja no vídeo da NewScientist como o robô funciona:
Robôs semelhantes a plantas poderão um dia ter aplicações em missões de busca e salvamento, ou outras situações em que tenham de navegar em ambientes imprevisíveis, disse à Nature Emanuela Del Dottore, do Instituto Italiano de Tecnologia em Génova.
O crescimento lento do robô pode ser uma vantagem, acrescenta ela – num edifício desabado, pode ajudar a evitar destroços instáveis, por exemplo. A tecnologia também poderia formar a base da infraestrutura de autoconstrução.
“Estamos fascinados pelas múltiplas características diferentes das plantas que lhes permitem conquistar ambientes muito desafiadores e mutáveis”, diz Del Dottore.
Robô indo onde humanos não conseguem
Além da inovação italiana, outros robôs também estão sendo desenvolvidos para chegar em locais onde os humanos não conseguem. Engenheiros do ETH Zurich (Suíça) criaram um “robô aranha” que é capaz de subir paredes e, até mesmo, andar no teto, com a mesma maestria de uma lagartixa.
Magnecko é um robô inspirado na forma como aranhas e lagartos se locomovem para buscar suas presas. Ele foi desenvolvido para ambientes industriais e marítimos.
Além disso, os pesquisadores explicam que esse tipo de ambiente demanda uma máquina que consiga se equilibrar e superar obstáculos facilmente. “Isso não é viável para ferramentas como drones, devido à sua instabilidade inerente e curto tempo de execução. Assim, nosso robô Magnetko foi projetado para atender a essas restrições”, disse o grupo de pesquisa em um comunicado.