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Crise de semicondutores vai durar até 2024, afirma CEO da Intel

O chip semicondutor pode ser condutor ou isolante de eletricidade e é essencial para a fabricação de uma série de componentes eletrônicos

Imagem: Unplash

De acordo com o CEO da Intel, Pat Gelsinger, a crise de chips semicondutores deve durar até 2024 em razão da falta de equipamentos e ferramentas necessários para a fabricação dos componentes.

Desde quando assumiu o cargo em 2021, Gelsinger tenta encontrar uma forma de diversificar a produção dos semicondutores, fundamentais para a indústria da tecnologia. Atualmente, a maior parte da produção de chips fica concentrada na Ásia e para driblar isso, a solução é a criação de fábricas na América e Europa.

As indústrias de games e automóveis estão sendo muito afetadas pela falta dos semicondutores, o que já causou paralisação das linhas de produção e acaba encarecendo os produtos.

No ano passado, a Nintendo vendeu menos consoles “Nintendo Switch” que o previsto inicialmente por ter tido a produção de seus videogames afetada pela escassez de chips. Sony e Microsoft também enfrentam problemas na fabricação desde o início da pandemia e fabricam menos consoles do que previam. O resultado disso é baixa oferta de consoles e preços elevados.

Arno Antlitz, CEO da Volkswagen, seguiu em uma linha parecida com a do CEO da Intel e também afirmou que a crise deve durar pelo menos mais dois anos. Antlitz acredita que mesmo com o fim da pandemia de Covid-19 e retomada plena da atividade econômica, a indústria não dará conta de atender toda a demanda do mercado.

A Volkswagen tem sido muito afetada pela falta dos chips. A partir de 9 de maio, 55% de todo o quadro de funcionários da fábrica de São Bernardo entrará em férias coletivas. O principal motivo é a falta de alguns componentes na produção de automóveis, o principal deles é ele: o famoso chip semicondutor.

Mas o que esse componente tem de especial a ponto de afetar indústrias inteiras? O chip semicondutor pode ser condutor ou isolante de eletricidade e é essencial para a fabricação de uma série de componentes eletrônicos, tanto presentes em carros, quanto em videogames.

Existe também o temor de que a guerra da Ucrânia, que já dura mais de 70 dias, possa afetar a produção dos chips. Algumas fábricas do componente presentes nos Estados Unidos dependem da importação de neônio, gás utilizado no processo de fabricação de itens eletrônicos, da Ucrânia e Paládio, um metal usado em semicondutores, da Rússia.

A preocupação é que em um futuro próximo a escassez possa ser agravada pela impossibilidade da Ucrânia de manter o volume de exportações e também de possíveis retaliações russas às sanções econômicas impostas por EUA, União Europeia e OTAN.

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