A Microsoft se prepara para investir até US$ 10 bilhões na OpenAI, organização que criou o chatbot ChatGPT. Fontes ouvidas pela agência Bloomberg que o acordo está em discussão há meses.
Informações preliminares apontam que o investimento cairia na conta da OpenAI por “vários anos”. Como a negociação ainda está em andamento, os termos finais ainda podem mudar.
Na sexta-feira (6), fontes não-identificadas disseram que a Microsoft está de olho no ChatGPT para melhorar o mecanismo de buscas Bing. O objetivo seria tornar as respostas “mais humanas” e, assim, fortalecer a concorrência contra o Google.
No sábado (7), o site The Information apontou que a big tech também teria intenção de colocar o ChatGPT nos serviços Word (para revisar textos) Outlook (melhorar a busca de e-mails) e PowerPoint. Outra função seria a transcrição de reuniões do Teams.
Nos últimos anos, a Microsoft investiu US$ 1 bilhão na OpenAI. A empresa já adicionou o modelo Dall-E-2, que cria imagens a partir de textos, ao Bing, e tem licença exclusiva para usar o gerador de texto GPT-3.
Se o investimento de US$ 10 bilhões da Microsoft se confirmar, a avaliação da OpenAI pode chegar a US$ 29 bilhões.
Entenda o ChatGPT
O ChatGPT é um modelo de linguagem que produz suas respostas com base na previsão de texto – ou seja, o treinamento partiu de milhões de exemplos da escrita humana disponíveis online.
Isso significa que pode emitir informações falsas e ilógicas, mas que parecem “verdadeiras” por causa dos efeitos de credibilidade transmitidos no texto.
Por esse motivo, a adesão ao ChatGPT é alvo de discordâncias na comunidade tecnológica – e fora dela. A rede pública de ensino da cidade de Nova York, nos EUA, proibiu que estudantes acessem o programa. O motivo: preocupações sobre segurança e precisão do conteúdo produzido pela inteligência artificial.