O Deezer anunciou a implementação de uma ferramenta inédita capaz de detectar conteúdos gerados por inteligência artificial (IA). De acordo com as informações divulgadas pela plataforma de streaming, o recurso identificou o upload diário de cerca de 10 mil faixas.
A empresa desenvolveu a funcionalidade há aproximadamente um ano. Aliás, ela pode superar as capacidades das ferramentas que são tradicionalmente utilizadas para a verificação deste tipo de material.
“À medida que a inteligência artificial continua a impactar cada vez mais o ecossistema musical, com uma quantidade crescente de conteúdo gerado por IA inundando plataformas de streaming como a Deezer, estamos orgulhosos de ter desenvolvido uma ferramenta de ponta que aumentará a transparência tanto para criadores quanto para fãs”, afirmou Alexis Lanternier, CEO do Deezer.
A funcionalidade revelou que cerca de 10% de todo o conteúdo disponível no serviço de streaming tinha origem a partir de alguma tecnologia de IA. Além de devidamente rotulá-los como criados com inteligência artificial, a plataforma removerá todos eles de suas recomendações algorítmicas.
O Deezer já está há algum tempo realizando esforços a fim de combater o uso de materiais protegidos por direitos autorais para treinar modelos de IA. O tema é um dos principais debates no mundo da tecnologia. Aliás, ela não ocorre apenas na música, mas também em outros segmentos, como as artes plásticas, por exemplo.
“Temos orgulho”
A empresa é uma das organizações signatárias da declaração global sobre o treinamento de IA. Assim, com a assinatura, a companhia francesa se tornou a primeira plataforma de streaming de música a se posicionar de forma contrária ao uso não autorizado de propriedade intelectual para desenvolvimento de inteligência artificial
“O trabalho de artistas e compositores é a base da indústria da música. Para a Deezer, é fundamental que os criadores sejam remunerados de forma justa e que suas obras sejam protegidas contra abusos. Temos orgulho de nos unir a milhares de criadores e organizações que se opõem ao uso não autorizado de obras criativas com IA”, afirmou Lanternier na ocasião.
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