Demência frontotemporal, saiba mais sobre o distúrbio de Bruce Willis

Bruce Willis já havia se afastado das telonas em 2022 após um diagnóstico de afasia; entenda o que constitui seu quadro atual
Demência frontotemporal, saiba mais sobre a doença diagnosticada em Bruce Willis
Imagem: Gage Skidmore/Wikimedia Commons/Reprodução

A família de Bruce Willis, de 67 anos, usou as redes na última quinta-feira (16) para anunciar que o ator foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). 

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Conhecido por filmes como “Pulp Fiction” e “Duro de Matar”, já havia se afastado das telonas em março de 2022 após um diagnóstico de afasia.

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“Desde que anunciamos o diagnóstico de afasia de Bruce na primavera de 2022, sua condição progrediu e agora temos um diagnóstico mais específico: demência frontotemporal (conhecida como DFT). Infelizmente, os problemas de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Embora isso seja doloroso, é um alívio finalmente ter um diagnóstico claro”, escreveu a família.

A carta, publicada em parceria com a Associação para Degeneração Frontotemporal, foi assinada por sua esposa Emma, as filhas do casal Mabel e Evelyn, sua ex-esposa, Demi Moore, e as três filhas do relacionamento anterior, Rumer, Scout e Tallulah.

O que é a demência frontotemporal (DFT)

O problema é caracterizado por um grupo de distúrbios cerebrais causados ​​pela degeneração dos lobos frontal e/ou temporal do cérebro. O quadro é raro e parece ter um forte componente hereditário.

A DFT afeta o comportamento, a linguagem (sintaxe e fluência) e a memória. Embora a memoração tenha impacto menor do que ocorreria com a doença de Alzheimer.

Como foi informado no Manual MSD, alguns pacientes podem desenvolver doença do neurônio motor com atrofia muscular generalizada, fraqueza, fasciculações (contrações musculares rápidas), sintomas bulbares (como a dificuldade para mastigar) e risco maior de pneumonia por aspiração e morte prematura.

Alterações de personalidade também são sintomas comuns do distúrbio. O paciente pode ter seu comportamento social prejudicado, além de dificuldade em regular suas próprias emoções e impulsos. É comum que as pessoas que vivem com a DFT transitem entre os extremos de desinibição ou apatia e depressão.

O problema costuma surgir em pessoas com idade entre 55 e 65 anos. Não há cura ou formas de prevenir o quadro. Em casos como esse, são realizados apenas tratamentos de suporte com auxílio da família e profissionais da saúde.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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