Cientistas descobrem monstrinho minúsculo no gelo ártico do Canadá
Ninguém disse que monstros precisam ser grandes ou mesmo assustadores. E quando James Dwight Dana viu pela primeira vez uma estranha espécie de plâncton lá no século XIX, ele sabia que tinha algo esquisito em suas mãos. “Pequeno monstro” que era, Monstrilla parecia o melhor nome que a criatura poderia receber. Afinal de contas, cientistas podem basicamente dar o nome que quiserem a espécies.
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Uma expedição de 2014 até o Ártico revelou uma espécie completamente nova desses monstrinhos andando por aí debaixo do gelo. Os pesquisadores lhe deram o nome de Monstrillopsis planifrons, basicamente “pequeno monstro de cabeça chata”. Pesquisas como essa mostram o quanto ainda temos a aprender sobre o vasto Ártico.
“Como resultado, listas de [espécies] locais e regionais devem crescer conforme a exploração de regiões pouco documentadas continua”, escreve o autor Aurélie Delaforge no estudo, publicado nesta semana no periódico Zookeys.
Mas por que você deveria se empolgar com plânctons? Bom, eles são a base da cadeia alimentar. Talvez você pense que isso os torne insignificantes… ou então os animais mais importantes do oceano. Entretanto, você provavelmente nem pensa muito nos tipos individuais de plâncton.
O Monstrillopsis planifrons é um mini crustáceo de aparência estranha, com apenas alguns milímetros de comprimento, como um camarão de um olho e oito patas peludas com antenas também cheias de pelo. Ele tem um par extra de pernas traseiras, que se parecem com pés de lontra, e órgãos genitais esquisitos. Como um monstro mesmo.
A descoberta de Delaforge foi sorte, de acordo com um comunicado de imprensa da Universidade de Manitoba. Essas criaturas só flutuam livremente durante maio e junho, caso contrário são apenas larvas ou parasitas em moluscos.
De qualquer forma, existem monstros por todas as partes, mesmo no ártico canadense. E eles tomam diferentes formas e tamanhos.
Imagem do topo: University of Manitoba