Descubra se você é um acumulador digital em 3 perguntas e o que fazer depois
Por mais que a figura do acumulador esteja ligada a objetos físicos, o avanço nas tecnologias de armazenamento em PCs e celulares tem criado uma onda de “acumuladores digitais”.
A grande verdade é que, quanto mais você guarda arquivos, menor a probabilidade de voltar a usá-los. Por isso, para que você se afaste de vez desse rótulo, aqui vão três perguntas para reflexão — e uma lista de soluções para resolver o problema.
Quantos e-mails não lidos estão na sua caixa de entrada?
Se a resposta estiver na casa dos milhares, parabéns, você já pode se considerar um acumulador digital. Geralmente, o acúmulo de e-mails não lidos é gerado pela chegada em excesso de mensagens que não são importantes, ou pelo fato de que o usuário pode estar se inscrevendo em mais newsletter do que ele é capaz de ler.
Além disso, uma caixa de entrada cheia também pode ser motivada pelo medo de deletar uma mensagem e precisar dela em algum momento do futuro – preocupação típica de um acumulador. Porém, a bagunça pode levar a pessoa a perder algo que é realmente importante, como um compromisso agendado, um boleto que precisa ser pago ou um contrato que precisa ser assinado.
Hoje em dia, o Gmail e outros aplicativos de correio eletrônico contam com uma série de recursos que permitem dar ordem ao caos, como marcadores, filtros, sistemas anti-spam e de pesquisa de mensagens.
Por isso, ao receber um e-mail importante que gostaria de guardar, basta adicioná-lo a um marcador “guardar”, por exemplo. Caso contrário, pode deletar sem dó. O mesmo vale para aqueles e-mails de cinco anos atrás pendurados na caixa de entrada. Se você não precisou deles até o momento, é provável que eles não serão úteis no futuro.
Se você anda recebendo muitos e-mails de spam, denuncie essas mensagens, pois isso ajudará a reduzir a quantidade de e-mails que chegam na sua caixa de entrada.
E, aquelas dezenas de e-mails de newsletter de notícias ou de promoções que você recebe mas nunca lê, pense na possibilidade de deixar de assinar algumas (ou todas elas). Receba apenas as newsletter importantes e que você realmente lê, como a do Gizmodo Brasil, por exemplo. Em seguida, faça uma busca na caixa de entrada para deletar todos os e-mails recebidos de newsletter de uma vez só.
Experimente fazer essa curadoria por pelo menos 15 minutos por dia, todos os dias. Em pouco tempo, você atingirá a meta do “Inbox Zero”.
A memória do celular anda sempre cheia?
Vale lembrar que um celular com memória cheia gasta mais energia e tem desempenho comprometido. Para liberar memória no celular, comece fazendo a limpa pelos vídeos – que ocupam mais espaço. Verifique se existem filmes e séries baixados nos aplicativos de streaming e delete aqueles vídeos que são enviados em grupos no WhatsApp. Em seguida, apague os vídeos que você gravou e não deverá usá-los e pense na possibilidade de reduzir a resolução de gravação da sua câmera.
Caso você goste de escutar podcasts, configure o seu aplicativo para não baixar os episódios de forma automática. Baixe apenas aqueles podcasts que você realmente vai escutar.
No caso das imagens, muito provavelmente, esses arquivos são o que estarão em maior número em seu smartphone. Antes de começar o processo de deletar, adote o esquema de criar pastas para armazenar apenas aquelas imagens importantes, facilitando o trabalho de limpeza periódica. Quanto às selfies, ao fazer vários cliques, comece a deletar todas as fotos que não ficaram boas logo após postar a imagem escolhida.
Finalmente, estipule a regra dos três meses para os aplicativos e jogos. Funciona assim: se você não usou um determinado aplicativo nos últimos três meses, simplesmente desinstale o app.
A área de trabalho do PC está cheia?
Se você perde muito tempo para encontrar um arquivo ou precisa fazer vários cliques desnecessários para acessar uma determinada pasta, é hora de eliminar a desordem na sua área de trabalho.
A primeira dica para deixar de ser um acumulador digital é manter a área de trabalho totalmente limpa, sem qualquer arquivo ou pasta. No máximo, ela deve conter apenas a lixeira e um atalho que o leve para a sua pasta principal de documentos. Eventualmente, você pode salvar um ou dois arquivos temporários na área de trabalho, mas evite esse mau hábito ao máximo.
Em seguida, limite a criação de pastas desnecessárias, pensando em nomeá-las de forma que elas possam armazenar a maior quantidade de arquivos do mesmo tipo. Por exemplo, “planilhas”, “contratos”, “recibos” ou “documentos importantes”.
Ao nomear arquivos, pense em um sistema que facilite a busca por ele, colocando alguma informação no nome, como data, empresa ou tipo de documento.
E, aqueles arquivos ou pastas que você acessa o tempo todo, pense na possibilidade de criar um atalho para acessá-la mais rapidamente, sem muitos cliques.