O Apple Music seria muito melhor se não dependesse do iTunes
O Apple Music no iOS ficou bem bacana. No desktop, ele não ficou muito bom, especialmente devido à integração confusa com o iTunes.
Cada vez mais usuários relatam problemas com o iTunes. Recentemente, Robinson Meyer, do The Atlantic, escreveu um bom artigo para mostrar como o iTunes é bem ruim. Já Marco Arment, do Marco.org, diz que “o back-end da iTunes Store é tóxico e pouco confiável”. “Cada coisa que entra na iTunes Store tem um registro manchado para mim e para qualquer usuário de Mac que eu conheço”. Alguns até questionam se separar o Apple Music da iTunes ajudaria de alguma forma, como sugeriu Ben Lovejoy.
E foi exatamente isso o que fez o designer e desenvolvedor Andrew Ambrosino, que fez uma montagem para mostrar como isso funcionaria. “Para o Apple Music sair vencedor, o iTunes que conhecemos hoje precisa morrer”, explica Ambrosino em seu site. “Qualquer pessoa que use regularmente o Mac prefere um app independente para o Apple Music, assim como no iOS, e assim como acontece com o Fotos no OS X.
Para começar, ele simplificou a interface de usuário do reprodutor de música. “Uma barra de navegação no topo, um tocador na parte inferior. Conteúdo entre esses elementos. E uma grade que faz mais sentido (compare-as!)”, escreveu
Ele também repensou o recurso Minha Música, que é bastante criticado pelos usuários:
“O My Music foi interessante de criar. A Apple entrou em guerra com a barra lateral do iTunes em diversas versões diferentes, e até agrupou playlists em uma área separada.
Isso cria dois grandes problemas. Em primeiro lugar, a simplicidade ao trocar a visualização de uma música, artista ou playlist é prejudicada. Em segundo lugar, muitos usuários não sabem que podem arrastar uma música até uma playlist, já que o painel das listas só aparece quando você começa a arrastar as coisas. Ao tentar simplificar a UI, a Apple acabou só complicando as coisas.
Aqui, fiz algumas mudanças. Uma delas é uma “barra lateral” com dois níveis na parte da esquerda que oferece descobertas, velocidade e simplicidade tanto em interação quanto em visual. Em segundo lugar, a partir desta tela, não estou limitado a apenas as minhas músicas.”
Este mini-reprodutor ficou bem simples e limpo.
“Eu me perguntei porque compartilhar não faz parte do Apple Music. Neste conceito, meus amigos podem compartilhar comigo, e eu também posso conferir as playlists públicas dos meus amigos”, ele diz sobre a tela projetada para compartilhar coisas a partir do app.
Ele também usou um tema escuro para vasculhar a discografia de artistas específicos.
A visualização dos álbuns também ganhou um foco mais claro. “Quando eu quero visualizar um álbum, preciso de um clique. A barra lateral permanece e o conteúdo é trocado. Um clique, altamente localizável, e visualmente elegante.”
Claro, como falamos antes, quando um designer independente reprojeta um aplicativo ou serviço popular, ele não está limitado às expectativas de um produto real — é um exercício pouco realista, mas bem interessante. As explicações de Ambrosino são concisas, suas criações são limpas, e sua ideia de dividir iTunes e Apple Music é excelente. Confira todo o projeto do designer aqui.
[Andrew Ambrosino via Techblock]