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Diabetes pós-Covid é um perigo real, diz estudo

Mesmo pacientes que tiveram casos leves de Covid-19 são mais propensos a desenvolver diabetes do que aqueles que não foram infectados pelo vírus. É o que mostra este novo estudo

Diabetes Covid

Imagem: Towfiqu barbhuiya/Unsplash/Reprodução

Um estudo feito no Hospital dos Veteranos em St. Louis, nos EUA, mostrou que, após a infecção por Covid-19, os pacientes se tornam mais propensos a desenvolver diabetes em até um ano. O artigo foi publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology

O mesmo grupo de pesquisadores já havia mostrado que, após ter Covid-19, os pacientes têm risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares ou derrame. Você pode ver mais detalhes neste texto do Gizmodo.

Os cientistas avaliaram dados de mais de 180 mil pacientes que sobreviveram por pelo menos um mês após a infecção por Covid-19. Então, compararam com informações de cerca de quatro milhões de pessoas que não tiveram a doença, mas foram internados no Hospital dos Veteranos durante a pandemia.

Ao final, os pesquisadores relataram que as pessoas que já tiveram a Covid-19 eram 40% mais propensas a desenvolver diabetes no intervalo de um ano do que aqueles que não adoeceram. Os casos eram, principalmente, de diabetes tipo 2, em que o corpo se torna resistente ou deixa de produzir insulina suficiente.

Alguns fatores podem aumentar ou diminuir o risco. Pessoas que foram internadas, por exemplo, tinham o triplo de chances de desenvolver diabetes quando comparadas com aqueles que não tiveram a doença. Pacientes com alto índice de massa corporal também eram mais propensos ao problema. 

Não pense que as pessoas que tiveram quadros leves se livraram. Mesmo esse grupo tinha mais chances de desenvolver diabetes do que a parcela que não foi infectado pelo Sars-CoV-2. 

Vale se atentar para o fato de que os pacientes do Hospital dos Veteranos são, em sua maioria, homens brancos, mais velhos, com pressão arterial elevada e acima do peso. Esses fatores também podem ter influenciado no desenvolvimento da diabetes. Análises de outros grupos étnicos e diferentes faixas etárias podem complementar a pesquisa.

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