As diferenças de sintomas entre o novo coronavírus, resfriado, gripe e alergia

Um relatório da OMS e da China examinou mais de 50 mil casos confirmados de coronavírus na China e classificou os sintomas atribuindo porcentagens a eles.
Pexels

Se você costuma ter resfriados, gripes e crises de alergia com frequência, provavelmente está um pouco mais preocupado agora do que estaria em outras épocas. A atual pandemia de coronavírus tem deixado muitas pessoas em estado de alerta para qualquer sintoma que possa se manifestar. Porém, existem formas de diferenciar doenças para que você possa dormir mais tranquilo.

Antes de tudo, é importante ressaltar algumas questões. Primeiramente, lembre-se que o COVID-19 é uma doença nova e, diante das incertezas em relação ao vírus, apenas um médico qualificado é capaz de diagnosticar se os seus sintomas são apenas de uma gripe comum ou não.

Além disso, mesmo que seja apenas uma gripe, ela vai acabar enfraquecendo o seu sistema imunológico e tornando o seu corpo mais vulnerável a contrair outras doenças, inclusive o novo coronavírus. Sair de casa pensando que não passa de um resfriado não é uma opção. Além de você estar exposto a outras doenças, pode acabar passando para outras pessoas e baixando o sistema imunológico delas também.

Lembrando que pacientes assintomáticos do coronavírus também podem transmitir a doença, conforme explica a Organização Mundial da Saúde (OMS):

A principal maneira pela qual a doença se espalha é através de gotículas respiratórias expelidas por alguém que está tossindo. O risco de contrair COVID-19 de alguém sem sintomas é muito baixo. No entanto, muitas pessoas com COVID-19 têm apenas sintomas leves – particularmente nos estágios iniciais da doença. Portanto, é possível pegar COVID-19 de alguém que tenha, por exemplo, apenas uma tosse leve e não se sinta mal. A OMS está avaliando pesquisas em andamento sobre o período de transmissão da COVID-19 e continuará a compartilhar descobertas atualizadas.

Em resumo: não deixe de consultar um médico quando tiver sintomas e não saia de casa! Dito isso, as dicas abaixo são importantes para você se informar melhor sobre diferentes condições e não entrar em pânico desnecessário. Apenas continue se precavendo e seguindo as orientações dos órgãos de saúde competentes.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA cita principalmente febre, tosse e falta de ar como sintomas do COVID-19. No entanto, um relatório da OMS e da China examinou mais de 50 mil casos confirmados da doença no país asiático e classificou os sintomas atribuindo porcentagens a eles:

  • febre (87,9%)
  • tosse seca (67,7%)
  • fadiga (38,1%)
  • produção de escarro (33,4%)
  • dificuldade em respirar (18,6%)
  • dor de garganta (13,9%)
  • dor de cabeça (13,6%)
  • mialgia ou artralgia (14,8%)
  • calafrios (11,4%)
  • náusea ou vômito (5,0%)
  • congestão nasal (4,8%)
  • diarreia (3,7%)
  • hemoptise (0,9%)
  • congestão conjuntival (0,8%)

Caso você esteja resfriado, é possível que tenha febre leve e tosse, mas esses sintomas também são acompanhados de nariz escorrendo ou entupido, dor de garganta, espirros, dor de cabeça, entre outros sintomas que são menos comuns em casos de coronavírus.

Já a gripe inclui febre, tosse seca e persistente, dor de garganta, congestão nasal, calafrios, dor no corpo, fadiga e dor de cabeça.

Uma alergia pode causar coceira nos olhos, espirros, coriza ou nariz entupido. Às vezes também pode incluir tosse, fadiga e dor de garganta.

Ou seja, caso você não tenha febre, é bem provável que você tenha um resfriado ou alergia. Agora, no caso de falta de ar, procure um médico o quanto antes.

O coronavírus inclui casos assintomáticos, leves e graves. Geralmente, começa com febre, tosse seca e, às vezes, pneumonia leve. A falta de ar pode aparecer apenas depois de alguns dias nos casos mais graves. Outros sintomas ainda incluem diminuição dos níveis de oxigênio no sangue, insuficiência respiratória, choque séptico, disfunção ou falha de órgãos e até morte.

Em relação ao tempo,  infecção por COVID-19 costuma durar cerca de duas semanas, mas pode chegar a até seis em casos mais graves. As mortes por coronavírus ocorrem de duas a oito semanas após os primeiros sintomas.

É importante ficar de olho nos sintomas e procurar um médico assim que tiver febre, falta de ar ou achar necessário. Caso você precise ir a um centro de saúde, evite aplicativos de carona e certifique-se de usar máscaras e tomar as medidas necessárias para evitar contaminações.

[Gizmodo ES]

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas