Disneylândia de Xangai fecha para frear disseminação do coronavírus que matou 26 e adoeceu 881

Diversas atrações, opções de lazer e negócios estão fechando suas portas temporariamente na China. As medidas buscam evitar disseminação do novo coronavírus que já matou 26 pessoas.
turista tira uma foto com um iPhone na Disneylândia de Xangai.
Turista tira uma foto com um iPhone na Disneylândia de Xangai. Foto: Getty

A Disneylândia de Xangai fechará seus portões neste sábado (25) numa tentativa de conter a transmissão do novo coronavírus que já matou 26 pessoas e adoeceu pelo menos 881, principalmente na China. Não se sabe quando o parque temático deve reabrir.

O parque da Disney em Xangai, que abriu em 2016, é o único parque da companhia na China continental. A Disneylândia de Hong Kong continua aberta, apesar de dois casos confirmados do 2019-nCoV na região, e dos planos das autoridades de Hong Kong de transformar alguns acampamentos de férias e quartéis militares em zonas de quarentena.

“Em resposta à prevenção e controle do surto da doença e a fim de garantir a saúde e segurança de nossos hóspedes e do elenco, o Xangai Disney Resort está fechando temporariamente a Disneylândia Xangai, a Disneytown incluindo Walt Disney Grand Theatre e Wishing Star Park, a partir de 25 de janeiro de 2020”, disse a empresa em declaração em seu site.

“Continuaremos a monitorar cuidadosamente a situação e estaremos em contato próximo com o governo local, e anunciaremos a data de reabertura após a confirmação”.

O Disney’s Shanghai Resort disse que iria reembolsar ingressos comprados para o parque e para qualquer reserva de hotel. A Disney opera dois hotéis na Disneylândia de Xangai.

A decisão de fechar a Disneylândia de Xangai vem na época mais movimentada do ano, quando a população chinesa de 1,42 bilhão de pessoas celebra o Ano Novo Lunar e centenas de milhões viajam para a comemoração de uma semana. As cidades de Pequim, Wuhan, Zhejiang e Macau cancelaram as celebrações do Ano Novo Lunar neste fim de semana.

O governo chinês anunciou nesta sexta-feira que seções da Grande Muralha perto de Pequim seriam fechadas a partir de sábado e o McDonald’s disse que suspenderia os negócios em cinco restaurantes na província de Hubei, onde está a cidade de Wuhan, onde o surto se originou.

Cerca de 33 milhões de pessoas estão confinadas em pelo menos 10 cidades da província de Hubei. As viagens de avião e trem foram interrompidas a partir dessas 10 cidades e as viagens de carro foram fortemente restringidas. Pelo menos sete filmes na China tiveram seu lançamento nos cinemas atrasado, num esforço para manter as pessoas fora de lugares lotados.

Até agora foram confirmados casos do vírus nos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Tailândia, Vietnã, Cingapura, Hong Kong e Taiwan. Há casos suspeitos em muitos outros países como a Arábia Saudita, México, Finlândia e Austrália.

O único caso nos EUA até agora foi no Estado de Washington e cinco aeroportos estão realizando exames de saúde dos passageiros que chegam da China em conjunto com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC): Hartsfield-Jackson International de Atlanta, Aeroporto Internacional O’Hare de Chicago, Aeroporto Internacional de São Francisco, Aeroporto Internacional de Los Angeles e Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova York.

A Universidade John Hopkins criou um rastreador online que é atualizado diariamente com os números mais recentes e a Organização Mundial da Saúde (OMS) se recusou a designar o surto como uma “emergência de saúde pública de preocupação internacional”, nesta quinta-feira.

A OMS adverte que essa é certamente uma emergência para a China, mas tem hesitado em chamá-la de emergência internacional, uma vez que todas as 26 mortes e a maioria das doenças têm estado dentro das fronteiras da China. O painel de especialistas da OMS pode se reunir novamente a qualquer momento se a situação mudar.

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