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DNA de uvas achadas em deserto de Israel levam a vinhos do século 4

Sementes de uvas descobertas em assentamentos no deserto de Negev, em Israel, revelam viticultura da Antiguidade Tardia

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Imagem: Prof. Guy Bar-Oz, The University of Haifa

Em um estudo publicado no PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), escavações de arqueólogos em assentamentos nas Terras Altas de Negev, no sul de Israel, revelaram uma sociedade que estabeleceu a viticultura em um ambiente árido dos séculos 4 a 10 d.C. As descobertas remetem a vinhos da Antiguidade Tardia.

Com a análise de previsão genômica, uma semente do século 8 d.C. foi classificada como de uma uva branca, a mais antiga até o momento, da variedade Be’er. Além disso, em uma análise de parentesco, descobriu-se que uma das sementes, da variedade Syriki, tinha ligação com vinhos históricos do Império Bizantino.

A pesquisa extraiu 16 sementes de videira de quatro sítios arqueológicos. As amostras foram para a Universidade de Tel Aviv, na Universidade de Copenhague e na Universidade de York. A análise das sementes de videira utilizou sequenciamento de genoma e datação por radiocarbono. Elas serviram de pistas para antigas estratégias de cultivo e produtividade agrícola.

Os pesquisadores descobriram que os cultivadores da época eram capazes de produzir, de forma contínua, uma grande variedade de uvas em um ambiente árido. Isso é positivo, porque, segundo o Phys.org, condições climáticas como o aquecimento global, podem devastar o cultivo de videiras.

Observando a preservação das sementes, os estudiosos acreditam que linhagens de videiras endêmicas de regiões quentes e áridas podem ser uma alternativa às clássicas cultivares de uva para vinificação.

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