Um estudo confirmou que quem dorme mal tem menos alegria de viver

As menores mudanças na qualidade do sono afetam nossa capacidade de processar emoções positivas a partir de estímulos positivos.
Mulher dormindo na cama. Crédito: Craig Adderley/Pexels
Crédito: Craig Adderley/Pexels

Dormir mal é péssimo. No dia seguinte, você fica indisposto e, se o sono estiver acumulado, isso pode arruinar sua semana com sintomas que vão do cansaço à irritação. Uma nova pesquisa mostra que deixar de dormir pode afetar o bem-estar, pois leva à incapacidade de desenvolver emoções positivas, mesmo tendo experiências boas.

Feito pela Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, e publicado na Health Psycology, o estudo relata que mesmo mudanças pequenas na qualidade do sono influenciam nossa capacidade de processar emoções positivas por meio de estímulos positivos.

“Quando as pessoas têm uma experiência positiva, como um abraço ou passar um tempo na natureza, elas tipicamente se sentem felizes naquele dia. No entanto, descobrimos que quando uma pessoa dorme menos que a quantidade usual, não há tanto impulso de emoções positivas geradas por eventos positivos”, disse a psicóloga Nancy Sin, que é a principal autora do estudo, em comunicado.

Chama a atenção no estudo é que a privação de sono não afeta as emoções negativas. Na verdade, elas não chegam nem a ser afetadas. De acordo com os pesquisadores, esses sentimentos ruins permanecem os mesmos. Após noites de pouco sono não temos tanto incentivo positivo para se opor a eles.

Para o estudo, os pesquisadores coletaram dados do sono de quase 2 mil pessoas, com idades entre 33 e 84 anos.

Após verificar o estado de saúde dos pacientes, a equipe submeteu os voluntários a uma bateria de testes durante oito dias, nos quais tiveram de fornecer dados sobre qualidade de sono e uma avaliação de pequenas experiências positivas ou negativas que todos nós passamos todos os dias.

Da mesma forma, o estudo descartou que as reações positivas ou negativas do dia tenham um impacto na duração do sono, conforme sugerido em outras pesquisas.

Nancy Sin e seus colegas alertam que o estudo tem várias limitações, pois ele leva em conta a recordação dos pacientes, o que nem sempre é preciso. De qualquer jeito, este é um dos primeiros estudos a relacionar os impactos do sono em um ambiente natural — a pesquisa foi feita baseada na rotina real das pessoas, e não em um laboratório.

Não custa lembrar do que você pode fazer para tentar dormir bem:

  • evite tomar café à noite ou ter refeições pesadas;
  • tente dormir pelo menos 7 horas por noite;
  • não utilize telas (como laptop, smartphone, tablet) uma hora antes de dormir;
  • tome um banho morno à noite para ajudar a regular a temperatura do corpo.

[Health Psychology via Gizmodo en Español e Science Alert]

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas