“Dungeons & Dragons” proíbe uso de IA em ilustrações

A empresa também planeja reforçar suas verificações de qualidade e atualizar diretrizes para artistas, a fim de garantir arte original e autêntica nos próximos lançamentos.
Dungeons & Dragons não usará imagens geradas por IA
Imagem: Hasbro/Divulgação

A franquia de jogos de tabuleiro Dungeons & Dragons decidiu não permitir que colaboradores usem técnicas de ilustração por IA para seus personagens mágicos e paisagens imersivas.

A ascensão da arte impulsionada por IA cativou tanto artistas novatos quanto profissionais, incentivando-os a experimentar essa tecnologia. Contudo, essa tendência também alcançou os colaboradores de Dungeons & Dragons (D&D).

O D&D Beyond, fonte principal de ferramentas digitais e conteúdo complementar do jogo, descobriu recentemente que um de seus colaboradores de longa data usou IA na arte de um lançamento próximo. 

Embora Dungeons & Dragons mostre, frequentemente, histórias de fantasia, essa ilustração de IA chamou a atenção de alguns fãs mais atentos. Esses fãs notaram irregularidades na textura da arte e nas proporções do machado, o que gerou discussões em fóruns de jogos online.

A arte em questão, no entanto, estará presente no guia que será lançado no próximo dia 15, o “Bigby Presents: Glory of the Giants”

Em uma publicação no X (antigo Twitter), o D&D Beyond demonstrou surpresa sobre pelo uso de IA na arte de seu próximo lançamento. A postagem informa que o artista, que trabalha com o D&D Beyond há quase dez anos, utilizou uma ferramenta de IA para ilustrar uma figura mítica com um machado gigante. 

Dungeons & Dragons é mais uma “vítima” da IA

O D&D Beyond disse: “descobrimos hoje sobre o uso de IA de um ilustrador em ‘Bigby Presents: Glory of the Giants’. Portanto, não estávamos cientes de tais práticas utilizando IA em artes antes desse episódio. Após nossa conversa com o artista, decidimos excluir a IA dos futuros projetos de Dungeons & Dragons”. 

Além disso, a empresa também planeja reforçar suas verificações de qualidade e atualizar diretrizes para artistas, a fim de garantir arte original e autêntica nos próximos lançamentos.

O uso de IA nos setores criativos já gera gerando debates sobre propriedade intelectual e ética há algum tempo. Vários setores, como jogos, cinema e música se opõe a falta de diretrizes e controle em relação a IA generativa.

Essas mudanças levaram a eventos como a greve de Hollywood, além de pressionar a Recording Academy a revisar seus critérios de premiação do Grammy. 

Atualmente, é comum artistas processarem artistas empresas de tecnologia de IA por uso não solicitado de obras de arte em plataformas impulsionadas por IA.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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